Publicada em 08/09/2023 às 14h53
O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, acusou nesta sexta-feira (08) o líder da Rússia, Vladimir Putin, de ter "matado" o chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgueni Prigozhin, que morreu em um acidente de avião em agosto. "Ele matou Prigozhin, pelo menos todos nós temos essa informação", afirmou Zelensky durante uma conferência em Kiev.
Os homens de Wagner estiveram na linha de frente dos combates no leste da Ucrânia, especialmente na batalha pela cidade de Bakhmut, capturada pelos russos em maio, após quase um ano de combates sangrentos.
Convertido em inimigo do presidente russo após uma revolta armada, Prigozhin e os seus colaboradores mais próximos morreram na queda do seu avião privado entre Moscou e São Petersburgo, no final de agosto.
O porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, descreveu vários dias depois como uma "mentira absoluta" e "especulação" as insinuações, especialmente ocidentais, de que o Kremlin teria ordenado a eliminação de Prigozhin.
Um em cada cincos russos, o equivalente a 20% dos consultados, acredita que a morte do chefe do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, em um desastre aéreo na semana passada se deveu a uma "vingança" do Kremlin em resposta à rebelião fracassada que os mercenários protagonizaram em junho, segundo uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (1º).
A sondagem, conduzida pelo Levada, o principal centro de pesquisas independente da Rússia, indica que 26% dos entrevistados acreditam que a morte de Prigozhin aconteceu devido a um “acidente trágico”.