Publicada em 13/10/2023 às 11h31
O governo da França proibiu manifestações pró-Palestina no país, alegando que tais atos podem gerar “perturbações na ordem pública”. A decisão foi anunciada na manhã de quinta-feira (12/10) pelo ministro do Interior francês, Gerald Darmanin, que ameaçou punir com detenções a organização de protestos.
Apesar da ordem, franceses saíram às ruas de Paris em apoio a causa Palestina pouco depois da decisão do governo. A polícia local utilizou gás lacrimogéneo e jatos de água para dispersar os manifestantes.
A decisão francesa aconteceu dias depois de algo semelhante acontecer na Alemanha. Na terça-feira (10/10), a polícia de Berlim anunciou que uma manifestação em favor da causa palestina, programada para acontecer no dia seguinte, estava proibida e usou o mesmo argumento francês, de perigo para a segurança e ordem pública.
Além disso, o primeiro-ministro do país, Olaf Scholz, baniu manifestações pró-Hamas na Alemanha, e prometeu punições para aqueles que descumprirem a ordem.
“Quem glorificar os crimes do Hamas ou seus símbolos estará cometendo uma ofensa com punição prevista por lei na Alemanha. Quem exaltar a morte e o assassinato ou pedir o cometimento de crimes será punido pela lei. Quem queimar bandeiras de Israel estará cometendo um ato criminoso. Quem apoiar organizações terroristas como o Hamas estará sujeito a punições”, declarou Scholz durante pronunciamento no Parlamento alemão na quinta-feira (12/10).
As medidas dos governos europeus surgem em um momento de escalada na violência na Faixa de Gaza no contexto da guerra entre Israel e Hamas. Segundo dados recentes, o conflito já deixou 2,6 mil pessoas mortas entre israelenses e palestinos.