Publicada em 05/10/2023 às 11h41
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a febre de dengue está aumentando novamente devido às mudanças climáticas.
O Bangladesh tem enfrentado casos de dengue desde a década de 1960, mas a primeira epidemia documentada ocorreu em 2000. Cientistas atribuem a epidemia de 2023 à irregularidade das chuvas e temperaturas mais quentes durante a estação das monções, que criaram condições ideais para a reprodução de mosquitos.
A OMS afirma que a dengue e outras doenças transmitidas por mosquitos, como chikungunya, febre amarela e zika, estão se propagando mais rapidamente devido às mudanças climáticas.
A agência France-Presse relata que o Hospital Mugda, localizado na capital do Bangladesh, tem três dos seus dez andares ocupados por pacientes com dengue.
Mais de 1.000 pacientes estão distribuídos por três andares do Hospital Mugda, que possui apenas 400 camas disponíveis, enquanto milhares recebem tratamento ambulatorial.
Segundo o diretor do Hospital Mugda, Mohammad Niamatuzzaman, os médicos clínicos gerais estão sobrecarregados e tiveram que chamar colegas de especialidades.
"É uma emergência, mas uma emergência de longo prazo", disse Niamatuzzaman à AFP, acrescentando que seu hospital já registrou 158 mortes relacionadas à dengue este ano, cinco vezes mais do que no ano passado.
Essa doença endêmica nas zonas tropicais provoca febres altas, dores de cabeça, náuseas, vômitos, dores musculares e, nos casos mais graves, hemorragias que podem levar à morte.