Publicada em 21/10/2023 às 08h50
Caminhões com ajuda humanitária que estavam retidos no Egito passaram, na madrugada deste sábado (21/10), pela fronteira de Rafah com a sitiada Faixa de Gaza, após dias de disputas diplomáticas sobre as condições de entrega da ajuda. O comboio, que inclui 20 caminhões, com comida, água e remédios, entrou em Gaza.
Rafah é a principal rota de entrada e saída da Faixa de Gaza que não é controlada por Israel. Atualmente, 2,3 milhões de pessoas vivem em Gaza.
O chefe humanitário das Organizações das Nações Unidas (ONU), Martin Griffiths, disse que esse não “não deve ser o último comboio”. A ONU havia pedido 100 caminhões. No total, pelo menos 150 aguardavam sinal verde para entrar em Gaza pela fronteira com o Egito nessa sexta-feira (20/10), dois dias após o país autorizar a passagem de suprimentos básicos para o enclave palestino.
No entanto, as autoridades locais adiaram a entrega “para o próximo dia ou depois” e afirmaram que somente 20 deles seriam autorizados a cruzar a fronteira por Rafah, o que aconteceu neste sábado, pela primeira vez desde o início da guerra entre Hamas e Israel.
“Saudamos o anúncio de hoje de que um comboio de ajuda humanitária entrou em Gaza, o primeiro desde o início das hostilidades em 7 de outubro. O comboio de 20 caminhões inclui suprimentos vitais fornecidos pela Cruz vermelha egípcia e pela ONU, que foram aprovados para cruzar e serem recebidos pela Cruz Vermelha Palestina, com o apoio da ONU”, disse, pelas redes sociais, o representante da ONU.
Griffiths destacou, ainda, que a situação humanitária em Gaza atingiu “níveis catastróficos”. “A população de Gaza suportou décadas de sofrimento. A comunidade internacional não pode continuar a falhar com eles”.
Primeiras reféns libertadas
Nessa sexta-feira (20/10), o Hamas libertou as primeiras reféns, de um grupo de 200 pessoas. Duas americanas, moradoras de Chicago, foram liberadas pelo grupo extremista.
Judith Tai Raanan e Natalie Shoshana Raanan, mãe e filha, respectivamente, foram sequestradas pelo Hamas durante o ataque a Israel no último dia 7. Ambas estavam em Israel para visitas e confraternização com parentes.