Publicada em 25/10/2023 às 09h46
Como a maioria das crianças brasileiras, o garoto Lucas Guedes sonhava em ser jogador de futebol. Mais do que isso, trazia na mala a esperança chegar a um grande clube e realizar um desejo do irmão: defender as cores do Flamengo.
Para alcançar o objetivo, o volante começou cedo. Aos sete anos, entrou no Brazuca, de Porto Velho. Aos nove já estava viajando para outros Estados e disputando competições. Em uma dessas, disputada em 2022, Lucas chamou atenção de Ricardo Vargas, observador do Núcleo Oficial do Flamengo.
O destaque foi tanto que Lucas foi convidado para uma avaliação para participar de um projeto "caça-talento" do clube Rubro-negro, o Trieste, que fica localizado em Curitiba. O garoto de 11 anos viajou para realizar o teste e foi aprovado, dando assim início ao sonho de vestir a camisa Rubro-negra.
- Deixar Rondônia, vir para Curitiba onde faz muito frio (risos), foi uma decisão difícil para mim e minha família. Mas sabíamos que o Trieste já revelou muitos jogadores importantes para o Flamengo e no futebol, era uma chance muito boa. Então abraçamos essa chance e nos adaptamos à situação - conta o garoto ao ge.globo/ro.
Com a aprovação, a família de Lucas precisou agilizar a mudança. Sua mãe se mudou para Curitiba para morar com ele e seu pai ficava viajando entre Curitiba e Porto Velho. Foi assim no período de cinco meses, até o final de 2022, quando Lucas foi chamado para um teste nas categorias de base do Flamengo no Rio de Janeiro, onde foi aprovado e começou a jogar no Sub-13 do rubro-negro.
- Sabia que minha oportunidade chegaria, sempre me esforcei muito na base e estava esperando o momento certo. Quando chegou, fiquei muito feliz, pois sempre tive relação com o clube, minha família também e foi muito especial para nós, estarmos no Flamengo - relata Lucas.
A família de Lucas se mudou com ele para o Rio de Janeiro, em especial sua mãe, que mora com o jogador. A felicidade foi ainda maior para um torcedor: Alan, irmão mais velho do garoto, portador de Transtorno do Espectro Autista (TEA).
- Minha relação com meu irmão sempre foi muito boa. Ajudo meus pais a cuidar dele, o protejo. Ele ficou muito feliz quando vim para o mengão, ele é torcedor fanático do clube e é um sonho para ele também. Quando entro em campo estou representando nosso sonho e isso me motiva muito. É uma pessoa muito especial para mim-finalizou Lucas.