Publicada em 16/10/2023 às 09h05
Apesar da esperança de abertura da passagem de Rafah e do cessar-fogo temporário entre Israel e o grupo extremista Hamas, ambos os lados negam tais informações. A abertura de Rafah, que liga o Egito a Gaza, poderia ser usada tanto para que alimentos e materiais de primeira necessidade entrassem em território palestino quanto para que civis saíssem do cenário de guerra.
Um acordo estaria sendo acertado para essa abertura, por parte do governo egípcio, com um cessar-fogo. A passagem em si, como é controlada pelo Egito, em tese sempre estaria aberta, mas os bombardeios aéreos fazem com que a saída esteja inoperante pelo lado de Gaza.
O Hamas afirmou, em comunicado, que não há qualquer acordo quanto a cessar-fogo ou ao uso do portão de Rafah. Autoridades israelenses dizem o mesmo.
Em uma rede sociais, a conta oficial do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, diz apenas: “Não há cessar-fogo”. Outros ministros do país seguiram a mesma direção.
“Oponho-me fortemente à abertura do bloqueio e à introdução de mercadorias em Gaza por razões humanitárias”, publicou Israel Katz, ministro da Energia. “Nosso compromisso é com as famílias dos reféns assassinados e sequestrados – não com os assassinos do Hamas e aqueles que os ajudaram”, continuou.
Miki Zohar, ministro da Cultura, também apontou que nenhuma ajuda humanitária deveria ser autorizada a entrar na Faixa de Gaza.
Enquanto isso, milhares de pessoas aguardam, ao lado do portão de Rafah, a abertura para seguirem ao Egito.
Israel anuncia evacuação perto do Líbano
Na manhã desta segunda-feira (16/10), Israel anunciou o plano de evacuação de pessoas que moram a 2 km do Líbano, no norte do país. De acordo com militares israelenses, a decisão aconteceu por causa da troca de tiros com o Hezbollah, grupo que atua em favor dos palestinos a partir do território libanês.
As Forças de Defesa e o Ministério da Defesa israelenses publicaram um comunicado em que o secretário da Defesa do país, Yoav Gallant, aprova o plano e fala da evacuação de 28 colonatos. Os moradores desses locais vão ser transferidos para pousadas pagas pelo Estado.