Publicada em 27/10/2023 às 08h59
Enquanto integrante do Hamas pediu cessar-fogo para liberar mais reféns, as Forças de Defesa de Israel (FDI) publicaram nas redes sociais vídeo e mais detalhes da nova incursão terrestre feita nas últimas 24 horas para localizar alvos do grupo extremista na Faixa de Gaza. Os militares organizaram a primeira na noite de quarta-feira (25/10) e a segunda na noite de quinta (26/10).
Uma autoridade da Organização Mundial da Saúde (OMS) disse, nesta sexta-feira (27/10), que cerca de mil pessoas devem estar soterrados sob os escombros em Gaza.
“Também recebemos estimativas de que ainda há mais de mil pessoas sob os escombros que ainda não foram identificadas”, disse Richard Peeperkorn, representante da OMS para o território palestino, em resposta a uma pergunta sobre o número de mortos em Gaza.
O novo ataque, que parece ter sido feito na faixa costeira de Gaza, foi descrito como “ação de sondagem em preparação para uma ofensiva terrestre mais sustentada”. De acordo com o post, as tropas terrestres “saíram da área, e não foram relatados feridos”.
Com tropas terrestres, caças, tanques e outros veículos, as FDI atacaram locais de lançamento de mísseis antitanque, centros de comando e controle e agentes terroristas do Hamas.
Enquanto isso, segundo os militares israelenses, o número de reféns em Gaza subiu para 229. O país acusa o Hamas de manter civis sob mira de armas desde o dia 7 de outubro, quando o grupo fez ataques em território israelense e matou centenas de pessoas.
Pelo seu lado, o Hamas afirmou que não liberará nenhum refém a mais enquanto não houver um cessar-fogo. Segundo o jornal russo Kommersant, Abu Hamid, do Hamas, reafirmou que o bombardeio de Gaza por parte de Israel matou 50 dos cativos.
Hamid estaria em Moscou. Para o jornal russo, o extremista apontou que o Hamas precisa de tempo para localizar todos aqueles que tinham sido levados para Gaza, porque várias facções palestinas fizeram isso.
Na quinta-feira (26/10), o porta-voz das brigadas de Al-Qassam do Hamas, Abu Obaida, afirmou que os ataques aéreos de Israel mataram aproximadamente 50 reféns israelenses.
“As brigadas de Al-Qassam estimam que o número de prisioneiros sionistas mortos na Faixa de Gaza, como resultado do bombardeio e dos massacres sionistas, mataram aproximadamente 50 pessoas”, diz a declaração veiculada. A afirmação foi transmitida por meio de mensagem em grupo do Hamas no aplicativo Telegram.
Além da discussão de reféns, oito caminhões entram em Gaza
De acordo com um funcionário da ONU, mais oito caminhões de ajuda humanitária vão sair do Egito e entrar na Faixa de Gaza. Eles contêm alimentos, remédios e água. Os israelenses se comprometeram a não bombardear a região quando isso acontecesse.
“Entramos, até agora, com aproximadamente 74 caminhões. Esperamos oito ou mais hoje”, afirmou Lynn Hastings, coordenadora humanitária da ONU para o Território Palestino Ocupado.
Equipes que trabalham com a ONU e ajuda humanitária independente dizem que o número de caminhões é muito baixo, ainda mais depois do início do conflito. Segundo eles, antes da guerra, cerca de 500 veículos carregados entraram em Gaza todos os dias.