Publicada em 13/10/2023 às 09h28
A copa do mundo de 2014 no Brasil: O legado esportivo da competição
Nove anos decorridos após a Copa do Mundo de 2014 e o legado esportivo do megaevento tem tanto de positivo quanto de negativo. Embora as melhorias na infraestrutura para o evento tenham sido inegáveis, a verdade é que nem todo esse investimento foi mantido. Aliado à insegurança das construções e outros problemas estruturais, o aumento do preço dos aluguéis também teve origem na Copa de 2014.
Nesse artigo, vamos analisar o legado esportivo de um dos maiores eventos de sempre no Brasil e no qual muitos jogadores de cassino online apostaram. Vamos a isso
Um investimento bilionário
Ao efetuar os preparativos para a Copa, em 2010, o governo brasileiro anunciou que os investimentos financeiros no evento ultrapassariam os 23 biliões de reais. Esses investimentos seriam repartidos em projetos de mobilidade urbana, estádios para a competição, aeroportos e outras estruturas essenciais. Contudo, apesar de as slots serem bastante divertidas, nem todos os projetos planeados foram levados a cabo.
Nas 12 cidades-sede da Copa de 2014, o total das obras inacabadas ultrapassou os 29 biliões de reais, já contabilizando com algumas concessões significativas. Por exemplo, alguns planos para linhas ferroviárias ou monotrilhos foram substituídos por um aumento dos ônibus da cidade, o que resultou num grande investimento para algo de relativa baixa qualidade. Contudo, 9 anos depois da Copa do Mundo, como está esse investimento? Será que em 2010 o governo brasileiro gastou bem o dinheiro público, ou esbanjou-o em estruturas desnecessárias após o evento e demasiado ambiciosas?
O legado nas 12 cidades-sede da copa
A Copa do Mundo de 2014 foi recebida em 12 cidades brasileiras: Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo. Vamos analisar como estão os investimentos para a Copa atualmente nalguns destes sítios.
● Amazonas. A Arena da Amazônia, em Manaus, foi construída especialmente para a Copa. Contudo, após a Copa, a arena tornou-se mais num palco de shows do que num estádio de futebol. O edifício não só não tem eventos apelativos para a maior parte do público, como também não consegue atrair grandes jogos de futebol.
● Bahia. Depois da demolição do estádio Fonte Nova, em 2010, foi construído o estádio atual para receber os jogos da Copa. Embora com uma rede de transportes melhorada face ao estádio anterior, a verdade é que o estádio que veio a substituir o Fonte Nova continua com muitos dos mesmos problemas que afligiam o estádio anterior, como as inundações em dias de chuva torrencial.
● Ceará. A Arena Castelão já existia antes da Copa, mas foi remodelada para melhor receber os adeptos de futebol. Atualmente, a arena ainda é palco das maiores partidas de futebol da região e as melhorias nas estradas circundantes mostraram-se positivas para o trânsito e o comércio local. Contudo, existem alguns relatos de falta de segurança e de saneamento básico nalgumas das ruas da zona.
● Distrito Federal. O Mané Garrincha foi remodelado para a Copa do Mundo, mas degradou-se logo de seguida, tendo sido ignorado durante anos. Em 2020, o governo vendeu o estádio a uma entidade privada que o revitalizou. Atualmente, o estádio recebe vários eventos e conta ainda com um complexo gastronômico.
● Mato Grosso. A Arena Pantanal de Mato Grosso tornou-se na casa do clube local, o Cuiabá. Contudo, os moradores queixam-se de que a zona não está preparada para o fluxo de tráfego nos dias de jogo e de falhas no saneamento.
● Minas Gerais. O Mineirão foi reformado para a Copa do Mundo e atualmente continua a ser uma das principais arenas de Belo Horizonte. Porém, apesar do sucesso da arena, os moradores próximos queixam-se de barulho e demasiada confusão.
● Paraná. O caso do Paraná foi de sucesso. A Arena da Baixada foi reformada e teve toda a sua área circundante revitalizada, tornando-se num marco da cidade.
● Pernambuco. Em Pernambuco a arena da Copa foi construída a 15 km de Recife, com a ideia de desenvolver uma nova região com uma cidade inteligente. No entanto, a ideia nunca passou do papel e a arena continua longe de tudo.
● Rio de Janeiro. Perto do Maracanã, o maior estádio da Copa, existe uma atual falta de segurança. Os residentes queixam-se do abandono da zona e da formação de uma cracolândia perto do estádio.
● Rio Grande do Norte. A Arena das Dunas melhorou o trânsito da região, mas nem todas as obras prometidas foram cumpridas.
● Rio Grande do Sul. As melhorias no trânsito foram significativas na altura da Copa. Com o passar do tempo, começaram a ser construídas zonas residenciais em redor do estádio e hoje a zona atrai moradores e visitantes de todo o país.
● São Paulo. A Arena Corinthians melhorou toda a infraestrutura circundante. Contudo, a melhoria da zona trouxe também consigo o aumento dos preços das habitações e dos aluguéis.