Publicada em 24/10/2023 às 10h19
Durante uma conferência de imprensa regular das Nações Unidas, a porta-voz da UNRWA, Tamara Alrifai, que interveio por videoconferência a partir de Amã, saudou a generosidade do Egito e de outros países na ajuda aos palestinianos.
A ajuda internacional começou a entrar na Faixa de Gaza no sábado, através do Egito, mas em quantidade insuficiente, segundo a UNRWA.
"Não estamos realmente a receber os produtos mais necessários ou relevantes para Gaza", lamentou, ainda, a porta-voz da agência da ONU.
Tamara Alrifai referiu que num dos comboios de ajuda humanitária dos foram enviados "caixas de arroz e lentilhas (...), mas para cozer lentilhas e arroz é preciso água e gás".
"Portanto, este tipo de produto (...) não é muito útil neste momento, dada a situação em Gaza", disse.
Para evitar que tais situações se repitam, a porta-voz apelou a todas as organizações humanitárias presentes na região que "melhorem" as suas ações, estabelecendo "listas mais claras do que é mais necessário" na Faixa de Gaza, onde estão cerca de 2,4 milhões de palestinianos.
Sujeito a um bloqueio terrestre, aéreo e marítimo israelita desde que o Hamas tomou o poder em 2007, este território palestiniano está colocado desde 09 de outubro sob um estado de "cerco total" por Israel, que cortou o fornecimento de água, eletricidade, combustíveis e alimentos.
Mais de 1.400 pessoas, a maioria civis, foram mortas em Israel por homens do Hamas desde 07 de outubro, segundo as autoridades israelitas. Cerca de 220 israelitas, estrangeiros ou com dupla nacionalidade, também foram sequestrados por comandos do Hamas durante este ataque.
Segundo o exército israelita, cerca de 1.500 combatentes do Hamas foram mortos na contraofensiva que permitiu a Israel recuperar o controlo das áreas atacadas.
Na Faixa de Gaza, cerca de 5.800 palestinianos morreram em incessantes bombardeamentos realizados em retaliação pelo exército israelita, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.