Publicada em 19/10/2023 às 08h57
Em uma saia-justa diplomática, o presidente de Israel, Isaac Herzog, criticou a rede inglesa BBC na sua reunião com o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak. Herzog questionou a objetividade jornalística da BBC, que se nega a tratar o Hamas como terrorista. Nesse momento, Sunak sorriu e balançou a cabeça, nitidamente constrangido.
“Sentimos que a forma como a BBC caracteriza o Hamas é uma distorção dos fatos. Estamos lidando com uma das piores organizações terroristas do mundo, e sei que nas democracias modernas, como a sua e a nossa, não se pode intervir por si só. Mas porque a BBC é reconhecida como Grã-Bretanha [no mundo], tem de haver um clamor para uma correção. E o Hamas seja definido como uma organização terrorista”, apontou Herzog.
E insistiu na crítica: “O que mais eles precisam ver para entender que esta é uma organização terrorista atroz?”.
Sunak chama Hamas de terrorista
Então, Sunak resolveu responder e reiterou as palavras de Herzog. “Deveríamos chamá-lo pelo que realmente é: um ato de terrorismo perpetrado por uma organização terrorista maligna, o Hamas”, definiu o primeiro-ministro.
Depois, confirmou o apoio britânico a Israel, principalmente no que diz respeito à defesa do país após os ataques do grupo extremista. “Você não tem apenas o direito de exigir isso, você tem o dever de fazer isso”, disse Sunak.
O britânico, porém, também fez uma crítica velada à política adotada por Israel até aqui em relação à ajuda humanitária aos palestinos civis na Faixa de Gaza. Sunak apontou a “necessidade de acesso humanitário” e argumentou que os palestinos “são vítimas do que o Hamas fez”.