Publicada em 15/11/2023 às 09h00
Porto Velho, RO -- No cenário político de Rondônia, a figura de Jair Bolsonaro, do PL, continua a exercer uma influência marcante, moldando alianças e estratégias para as eleições que se aproximam. Marcos Rogério, correligionário de Bolsonaro, tenta capitalizar essa influência, apesar dos revezes enfrentados nas últimas eleições pelo PL no estado.
Marcos Rogério, após sua derrota para o atual governador Coronel Marcos Rocha, do União Brasil, volta a mirar em Bolsonaro como uma carta na manga para as eleições municipais que se aproximam. Recentemente, Rogério reforçou sua admiração ao abordar a questão do conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas, sugerindo que Bolsonaro, mesmo fora do mandato, conduz uma diplomacia eficaz.
No entanto, a estratégia de associar-se a Bolsonaro enfrenta desafios, como evidenciado pelas derrotas anteriores nas eleições estaduais. Mesmo com a benção de Valdemar Costa Neto, Rogério não conseguiu o apoio de Bolsonaro para uma manobra política interna no PL, mostrando limitações na replicação da estratégia.
É crucial considerar que nem todos os passos de Marcos Rogério são seguidos pelo ex-presidente do Palácio do Planalto. Recentemente, Rogério recebeu a bênção de Valdemar Costa Neto para destituir Jaime Bagattoli, do cargo de mandatário do PL regional, uma ação que não teve o respaldo de Bolsonaro.
Bagattoli argumenta que Rogério não teve o apoio do ex-presidente para essa manobra interna, destacando as divergências internas no partido. Essa discordância interna sugere que a estratégia de usar o nome de Bolsonaro para ganhar votos fáceis pode não ser uma abordagem unânime dentro do PL em Rondônia.
Além disso, é importante ressaltar que, mesmo que essa estratégia seja adotada, Bolsonaro enfrentou desafios significativos em eleições anteriores, perdendo tanto no primeiro quanto no segundo turno para o petista. O cenário político atual demanda uma abordagem mais sofisticada e abrangente do que a simples associação ao nome de Bolsonaro, especialmente considerando a evolução do eleitorado.
Em síntese, a influência de Bolsonaro continua a ser uma força relevante em Rondônia, mas as estratégias políticas de Marcos Rogério, baseadas na mera associação ao ex-presidente, podem encontrar resistência diante de um eleitorado mais informado e atento aos desafios locais.