Publicada em 10/11/2023 às 15h11
Os combatentes do EI "atacaram anteontem, quarta-feira, dois edifícios do exército sírio e das forças de defesa nacional com armas ligeiras e semipesadas", declarou o grupo jihadista num comunicado divulgado pela agência noticiosa Amaq.
Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), sediado no Reino Unido mas que conta com uma vasta rede de fontes no país em guerra, morreram nestes ataques contra posições militares e postos de controlo "quatro militares e 26 membros das Forças de Defesa Nacional", uma milícia auxiliar do exército.
Os ataques aconteceram em Badia, o vasto deserto que se estende desde a província central de Homs até à fronteira leste com o Iraque, passando pela província de Deir Ezzor.
O grupo terrorista, que controla regiões no Iraque e na Síria e baseia sua ideologia em interpretações radicais do Islamismo, intensificou recentemente os seus ataques na Síria, especialmente a partir das áreas desérticas, para onde os seus combatentes recuaram após a perda, em 2019, dos vastos territórios que controlavam neste país.
Depois de uma ascensão meteórica ao poder em 2014 na Síria e no Iraque, o grupo 'jihadista' viu o seu autoproclamado "califado" vacilar sob a influência de sucessivas ofensivas lançadas nestes dois países com o apoio de uma coligação internacional.
A derrota do EI na Síria foi declarada em 2019 (e no Iraque em 2017), mas a coligação permaneceu no país para lutar contra as células 'jihadistas' que continuam a operar no país.
O conflito na Síria matou mais de meio milhão de pessoas desde 2011, devastou infraestruturas e provocou cerca de 7 milhões de refugiados e 6 milhões de deslocados internos.