Publicada em 03/11/2023 às 15h01
Este pacote em armas e equipamentos militares é consistente com apoios anteriores, segundo a diplomacia norte-americana, e acompanhado por um anúncio da Iniciativa de Assistência à Segurança da Ucrânia do Departamento de Defesa sobre o reforço das defesas aéreas da Ucrânia.
O novo pacote de ajuda a Kiev, que enfrenta desde 24 de fevereiro de 2022 o exército invasor russo, foi anunciado durante uma visita do secretário de Estado, Antony Blinken, a Telavive, em plena guerra na Faixa de Gaza, desencadeada em 07 de outubro por um ataque das milícias do movimento islamita palestiniano a solo israelita.
Em 20 de outubro, o Presidente norte-americano anunciou que ia enviar ao Congresso um pedido urgente para financiar "necessidades de segurança nacional", defendendo que os Estados Unidos estarão mais seguros se ajudarem a Ucrânia e Israel, que desde o ataque surpresa do Hamas desencadeou uma vasta operação militar na Faixa de Gaza.
"É um investimento inteligente que pagará dividendos à segurança americana durante gerações", disse na altura Joe Biden num raro discurso na Sala Oval da Casa Branca, transmitido em direto pelas principais redes de televisão do país, a respeito dos financiamentos que envolvem montantes acima dos cem mil milhões de dólares.
O início da guerra no Médio Oriente levantou dúvidas da ala conservadora do Congresso sobre a continuação do volume de apoio dos aliados a Kiev, sobretudo desde que os Estados Unidos afirmaram desde o primeiro momento estar "ao lado do povo de Israel diante dos ataques terroristas" do Hamas.
"Até que a Rússia termine esta guerra, retirando as suas forças da Ucrânia e cessando os seus ataques brutais, os Estados Unidos e a coligação que construímos com mais de 50 países continuarão a apoiar a Ucrânia", declara hoje o Departamento de Estado.
O texto indica que o executivo de Washington vai continuar a trabalhar com o Congresso "para promover os interesses de segurança nacional, ajudando a Ucrânia a defender-se e a garantir o seu futuro -- um futuro em que o seu povo se reconstrua e viva em segurança numa democracia resiliente e próspera".
Ao fim de 20 meses de guerra, baixas estimadas na grandeza de centenas de milhares entre militares e civis e na iminência da chegada do inverno, a situação na Ucrânia permanece num impasse. As duas partes beligerantes se encaixaram no teatro de operações em duras batalhas sangrentas, mas com avanços territoriais pouco significativos nas últimas semanas no leste e no sul do país.