Publicada em 18/11/2023 às 09h19
Uma equipe técnica do Incra em Rondônia está elaborando estudo de viabilidade para revitalização dos projetos de assentamento Joana DArc, em Porto Velho (RO), afetados por ocasião das obras da Usina Santo Antônio. Representantes dos assentados se reuniram no Incra na quinta-feira (16), para apresentar suas reivindicações e conhecer o trabalho da autarquia no local.
O superintendente do Incra/RO, Luís Flávio Carvalho Ribeiro, informou que a autarquia está empenhada no projeto de “Reordenamento Produtivo do Joana DArc”. “Engenheiros agrônomos foram a campo para realizar o diagnóstico dos assentamentos, revisar mapas de ocupação e propor soluções que viabilizem economicamente o local”, explicou o superintendente.
A instituição tem a parceria do Instituto Federal de Rondônia (IFRO) que realizou o levantamento ocupacional de todos os lotes dos assentamentos, vistorias e fará o Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Com o resultado do estudo será elaborado projeto para o reordenamento dos assentamentos, com previsão de destinação de Crédito Instalação, em modalidades como: Fomento, Fomento Jovem, Fomento Mulher, Recuperação Ambiental, Habitacional, Reforma Habitacional, entre outros.
O estudo técnico será concluído em dezembro. O engenheiro agrônomo do Incra, José Ribeiro da Cunha, antecipou que o Joana D’Arc possui viabilidade agrícola e econômica caso haja investimento tecnológico na correção do solo ácido. “Vamos buscar trabalhar em parceria com as associações, filhos e herdeiros de assentados e novos ocupantes para uma exploração agropecuária que utilize a tecnologia na superação das limitações locais”, esclareceu.
Os projetos de assentamento Joana Darc I, II e III foram criados na zona rural de Porto Velho no ano 2000, em área total aproximada de 61 mil hectares. Com a construção da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, a partir de 2008, os assentamentos foram afetados com alagações, o que culminou em um acordo judicial em 2018 para indenização às famílias que saíram de seus lotes. Desde então, o local possui parte dos lotes habitados e com exploração agropecuária e outros que integraram processos judiciais contra a usina.