Publicada em 09/11/2023 às 14h49
Israel concordou em dar pausas humanitárias de quatro horas por dia durante os ataques terrestres e aéreos na Faixa de Gaza. O objetivo é locomoção de civis, libertação de reféns e recebimento de ajuda material.
Essas pausas serão avisadas com três horas de antecedência. Durante as quatro horas, dois corredores serão abertos entre o norte e o sul de Gaza.
É na parte norte que acontecem a maior parte das ofensivas israelenses, principalmente na Cidade de Gaza, onde se acreditam que o grupo extremista Hamas tenha a maior base.
Apesar de não se saber detalhes sobre a possibilidade da libertação de reféns feitos pelo Hamas, as pausas servirão principalmente para a entrada de medicamentos e alimentos e a saída daqueles que vivem em Gaza e têm dupla nacionalidade.
Os Estados Unidos, por exemplo, afirmaram que pretendem entrar com 150 caminhões de ajuda diariamente no território.
“Os israelenses nos disseram que não haverá operações militares nestas áreas durante a pausa e que este processo começa hoje [quinta, 9/11]”, afirmou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby.
Conversas com Israel
Já o presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou que esse acordo deve durar pelo menos três dias, segundo pediu ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Biden foi perguntado sobre a frustração dessa conversa. “Demorou um pouco mais do que eu esperava”, respondeu.
O presidente norte-americano deixou claro que “não há possibilidade” de um cessar-fogo mais permanente.