Publicada em 27/11/2023 às 09h26
O acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo extremista Hamas chega ao quarto e último dia. Nesta segunda-feira (27/11), a discussão sobre mais uma lista de reféns libertados é acrescida da pressão por mais tempo de trégua entre os lados.
O Hamas já disse que está disposto a prolongar a pausa. Um integrante do grupo disse à agência de notícias AFP eles estavam aberto a prolongar o acordo por mais “dois a quatro dias” e disseram isso à equipe de mediadores, formada na maioria por representantes do Catar, Egito e Estados Unidos.
O cessar-fogo começou na sexta-feira (24/11). Confira os números de libertadores de reféns até o momento:
175 pessoas libertadas
Hamas liberou 39 cidadãos israelenses três grupos de 13; mais 17 tailandeses, um filipino e um russo-israelense
Israel soltou 117 prisioneiros palestinos em três grupos de 39.
Luta por extensão do acordo entre Israel e Hamas
O presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou que está lutando para que o prazo aumente. “Esse é o meu objetivo, esse é o nosso objetivo: manter esta pausa para além de amanhã, para que possamos continuar a ver mais reféns a sair e a fornecer mais ajuda humanitária aos necessitados em Gaza”, declarou no domingo (26/11).
Outros aliados, além das famílias dos reféns, pressionam o governo para o prolongamento da trégua e mais libertações. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu deu a entender que poderia ceder a essas pressões.
Ele disse ter conversado com Biden e que acolheria “com satisfação” a extensão da trégua temporária. Para isso, no entanto, a cada dia a mais significaria um adicional de 10 cativos libertados.
Assim, o acordo teria um adendo. Hoje, a cada 50 reféns liberados pelo Hamas, Israel deve soltar 150 prisioneiros. Uma extensão seria aceita se pelo menos 10 reféns fossem liberados a cada dia extra.
Questionamentos
Mas as discussões são difíceis e cheias de detalhes. Nesta segunda, por exemplo, Israel questionou a lista que recebeu de reféns que serão libertados, segundo a mídia local. Por outro lado, o Hamas também afirmou que uma lista de prisioneiros palestinos é “problemática”.
No meio, os mediadores do Catar tentam evitar atrasos nas entregas, como aconteceu no sábado e no domingo.
Fontes palestinas dizem que um dos pontos de discórdia diz respeito a seis prisioneiras que estão em poder de Israel e foram presos antes de 7 de outubro, dia em que o Hamas matou mais de 1.200 militares e civis. O Hamas pressiona pelo “princípio de antiguidade”. Ou seja, libertar primeiro os prisioneiros detidos por mais tempo.