Publicada em 16/11/2023 às 15h35
Devemos compreender que a situação no campo de batalha é desafiadora. A Rússia não está planejando a paz, mas sim mais guerra", declarou Stoltenberg em uma coletiva de imprensa após se reunir com o Presidente da Letônia, Edgars Rinkevics, em Bruxelas.
Stoltenberg afirmou que a Rússia tentou lançar operações ofensivas ao redor de cidades ucranianas, como Avdiivka, e reconheceu que "a realidade é que a situação no campo de batalha é mais difícil" do que a Aliança Atlântica esperava.
"Isto não é um argumento contra o apoio, mas um argumento a favor de mais apoio à Ucrânia, porque, mais uma vez, não podemos permitir que o Presidente [russo] Vladimir Putin vença", enfatizou o secretário-geral da Aliança.
Ao mesmo tempo, destacou que os ucranianos "alcançaram grandes vitórias", ressaltando que, no início da guerra, "a maioria dos especialistas acreditava, assim como nós temíamos, que a Ucrânia entraria em colapso em questão de dias e que a Rússia controlaria Kiev em questão de semanas".
A realidade foi o oposto, e os ucranianos conseguiram fazer as forças russas recuarem para o norte, leste e sul, liberando metade do território, apontou.
O secretário-geral da NATO afirmou que é "uma grande vitória para a Ucrânia" o fato de ter "libertado tanto território" e de ter sido capaz de "infligir pesadas perdas aos invasores russos".
"E é uma grande vitória para a Ucrânia o fato de ter prevalecido como uma nação soberana independente na Europa. A Rússia perdeu muito. A Ucrânia é uma derrota estratégica para o Presidente Putin [russo]. Ele não conseguiu o que queria", ressaltou.
A derrota da Ucrânia seria "uma tragédia para os ucranianos", mas também "perigosa para nós", advertiu.
"A mensagem seria que quando os líderes autoritários usam a força militar, violam o direito internacional e invadem outro país, conseguem o que querem, tornando o mundo mais perigoso e a nós mais vulneráveis", afirmou.
De acordo com Stoltenberg, "é do interesse da segurança nacional de todos os aliados da NATO, incluindo os Estados Unidos, impedir que isso aconteça", e mostrou confiança de que os EUA continuarão a prestar assistência à Ucrânia.
O secretário-geral afirmou que a NATO está "acompanhando de perto" a situação na fronteira da Finlândia com a Rússia, referindo-se ao elevado número de refugiados e requerentes de asilo detectados.
"A Aliança está alerta. É claro que os primeiros a responder, as autoridades finlandesas, são responsáveis pela gestão da situação na fronteira, mas precisamos trocar informações, precisamos ter o melhor entendimento comum possível da situação e, em seguida, tomar as medidas necessárias, se necessário, seja como NATO ou como aliados da NATO ou em outros formatos", disse.