Publicada em 11/11/2023 às 10h52
Rondônia, assim como os demais Estados terão eleições municipais (prefeitos e vereadores) em outubro do próximo ano. Oportunidade para que os eleitores reelejam –ou elejam– suas lideranças políticas para os cargos, que estarão em disputa.
Estamos a menos de um ano para as eleições municipais. Somete nos municípios com colégio eleitoral superior a 200 mil eleitores há possibilidades de eleições em dois turnos, caso o mais bem votado não consiga 50% mais um dos votos válidos. Em Rondônia, por exemplo, a hipótese só poderá acontecer em Porto Velho, que tem eleitorado superior a 300 mil habitantes, situação, que já ocorreu nas últimas eleições.
Com a proximidade das eleições municipais e a necessidade de realização das convenções (20 de julho a 5 de agosto), para escolha dos candidatos a prefeitos e vereadores, também tem início as sondagens públicas, as pesquisas eleitorais, que geralmente espelham as possibilidades de nomes de lideranças em condições de concorrer aos cargos eletivos, como já ocorre em Rondônia.
E as especulações são muitas.
Boa parte do eleitorado brasileiro não vota com a devida consciência. Não é criteriosa na escolha do melhor candidato, ou do menos ruim. A consciência de votar em alguém que tenha prestado bons serviços para a comunidade, seja cumprindo mandato político ou agindo de forma espontânea, de acordo com suas possibilidades. Isso não implica em dar de comer aos pobres, geralmente as pessoas mais vulneráveis às propostas mirabolantes de parte significativa dos políticos, mas a quem se importa com o coletivo, que precisa de trabalho e não de esmolas.
Apesar de a Justiça Eleitoral ter melhorado muito na fiscalização da compra de votos, porque hoje temos a parafernália eletrônica para ajudar, que também ajuda a complicar, os crimes eleitorais diminuíram, mas não acabaram e muita gente perdeu –e perdem– o mandato, após comprovação do ilícito eleitoral. Quase sempre, após demora excessiva, quando o mandato já está terminando.
A proximidade das convenções e das eleições de 2024 mobilizam os institutos de pesquisas, que já estão em campo procurando saber da comunidade, quais os nomes preferidos para concorrer às eleições em outubro próximo. Já tem empresas especializadas trabalhando na capital e no interior procurando saber do eleitor, com amostragens estimuladas e espontâneas os nomes em melhores condições de vencer as eleições em suas cidades.
Não há dúvida que Porto Velho, com mais de 330 mil eleitores nas eleições gerais (presidente da República, governadores, uma das três vagas ao Senado dos Estados e Distrito Federal e Câmara Federal e Assembleias Legislativas) de 2022 é a “cereja do bolo” em Rondônia. É que o prefeito da capital (o atual, Hildon Chaves-Sem Partido, está fora porque foi reeleito em 2020) que se eleger em 2024 terá muita influência nas eleições de 2026.
Recentemente uma empresa especializada em pesquisa do Estado, que também realiza sondagens públicas em outras unidades da Federação apresentou um trabalho realizado em Porto Velho. A consulta pública foi estimulada. A espontânea não foi apresentada, por isso, ficou uma enorme interrogação ao trabalho, que é preliminar e tem uma finalidade específica, que é saber do eleitor consultado, qual sua preferência aos nomes apresentados. Porém, a exclusão do ex-secretário de Estado da Saúde, hoje deputado federal, o mais bem votado dos oito deputados com 85.604 votos em 2022 computando mais de 20 mil votos sobre quem ficou na segunda colocação é questionável.
Certamente a empresa deverá realizar mais sondagens de opinião pública nos próximos meses, para saber a opinião do eleitorado não somente na capital, mas nos principais municípios do interior, mas a publicada recentemente deixou a desejar. É sempre recomendável publicar a estimulada, como ocorreu, mas também a espontânea, para saber do eleitorado qual o nome que ele tem em mente, antes da escolha dos candidatos nas convenções para escolha dos candidatos, que estarão na disputa da prefeitura da capital.
Pesquisas são importantes e fundamentais em uma campanha política, principalmente quando para “consumo próximo”, como se diz, para aquelas, que não são publicadas e servem de parâmetro para as campanhas eleitorais.
Por enquanto, as pesquisas apresentadas são quadros de ilusões...