Publicada em 20/11/2023 às 14h01
A segunda edição do Colóquio de Comunicação e Cultura da Amazônia Rondoniense (Canoar) inicia nesta segunda-feira (20) e segue até a quinta-feira (13). Além de promover a troca de conhecimentos na área de comunicação e jornalismo, o evento oferecerá uma programação cultural diversificada. Vale destacar que esse grande evento acontece logo após o reconhecimento do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Rondônia, que obteve a nota máxima, cinco, concedida pelo Ministério da Educação (MEC). O evento aproveitará essa conquista para celebrar e enriquecer ainda mais a experiência dos participantes.
O início do colóquio, em 20 de novembro, coincidirá com o Dia da Consciência Negra. Para marcar esse momento significativo para a população negra, duas artistas participarão com apresentações e exposições no primeiro dia do evento.
Uélida Castro, uma jovem de apenas 15 anos, destaca-se na representatividade da poesia periférica rondoniense. A poetisa venceu o Slam Rondônia, o Campeonato Rondoniense de Poesia e Perfomance em 2023 e representará nosso estado em Itabira-MG, no Slam Brasil em dezembro. Ao falar sobre seu comprometimento com questões sociais, ela afirma: "Como jovem estudante e artista, tenho me dedicado a questões relacionadas ao racismo estrutural e às crises climáticas que contribuem para os aglomerados subnormais. Tenho me expressado por meio da arte poética, denunciando as estruturas e estigmas que compõem a realidade em que nossa sociedade está imersa", finalizou.
Ainda na noite do dia 20, a artista e ativista Marcela Bonfim, reconhecida por seu trabalho artístico com a fotografia de pessoas negras, realizará a exposição Amazônia Negra no local. Marcela Bonfim também é cantora e irá mostrar a sua arte no Canoar.
Na terça-feira, 21, várias atrações estarão presentes, representando o rap rondoniense, incluindo os mestres de cerimônia (Mc"s) MCris e Velhote. Para completar, Quetlen Caetano, estudante do curso de jornalismo, apresentará canções populares do nosso país. Quetlen comentou sobre a oportunidade de participar do evento: "Fiquei muito feliz e surpresa ao receber o convite para a segunda edição do Canoar. Esta é uma experiência maravilhosa vivenciada entre amigos, professores e todos que compõem nossa rotina durante nosso processo de formação acadêmica", disse.
No último dia, quinta-feira, 23, o Canoar contará com a presença de três artistas: Jhuka, uma rapper loca, que enfatiza o feminismo em suas composiçõesl; Alt-Benji, DJ de psy trance com misturas de ritmos psicodélicos; e Nei Mura, que foi o primeiro rapper do Brasil a inserir ritmos indígenas na cultura hip-hop.
Todas essas atrações serão dedicadas não apenas para entreter o público e compor o evento, mas também para fortalecer a cultura local, destacando a cultura beradeira, indígena e negra, que reside em nosso estado de Rondônia.
O objetivo é que as vozes, através da arte, sejam ouvidas e sentidas por todos que estarão presentes.