Publicada em 23/11/2023 às 12h02
A Campanha Novembro Roxo busca conscientizar sobre os cuidados com a saúde da criança, desde a concepção da gravidez, no pré-natal, até o desenvolvimento infantil. Segundo o Ministério da Saúde, a prematuridade atinge mais de 340 mil nascimentos por ano em todo o Brasil. Isso equivale a seis casos a cada dez minutos, de acordo com a pasta.
Em Porto Velho, segundo dados do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS), da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), 785 nascimentos prematuros foram registrados em 2022 em maternidades públicas e privadas. Já em 2023, até 15 de novembro, são 570 registros do mesmo caso.
Bebês prematuros tendem a nascer com órgãos imaturos, condição que os coloca em situação de risco para complicações. Além disso, a prematuridade afeta o cérebro da criança. O baixo peso, considerado inferior a 1,5 kg, também é um fator que preocupa muito, pois é um grande desafio conseguir fazer uma recuperação nutricional ao longo das primeiras semanas de vida desse bebê.
PREVENÇÃO
Atuando na prevenção da prematuridade, a Prefeitura de Porto Velho, através da Semusa, oferece serviços para o cuidado integral da criança, iniciado pelo planejamento familiar e seguido do acompanhamento de pré-natal adequado, além do acolhimento e acompanhamento para um parto seguro.
Segundo a subgerente do Núcleo de Saúde da Criança, da Semusa, Rosimari Garcia, nas unidades básicas de saúde, a mulher pode detectar a gravidez precocemente, receber orientações sobre a suplementação de micronutrientes e já realizar exames completos do pré-natal.
Nas unidades básicas de saúde a mulher recebe orientações e atendimento, com exames e consultas
“Todos estes pontos precisam ser seguidos, para que seja possível detectar, em tempo hábil, alguma intercorrência de saúde dessa criança. Assim, caso seja necessário, será realizado o acompanhamento, tratamento de certas patologias e cura, sempre trabalhando com a prevenção”, relata Rosimari Garcia.
O Ministério da Saúde considera prematuros ou pré-termos os bebês que nascem antes de 37 semanas de gestação.
ATENDIMENTO À PRIMEIRA INFÂNCIA
Além de oferecer os serviços de prevenção, a Prefeitura de Porto Velho também trabalha na pós prematuridade. Seguindo a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC), a Semusa investe em cuidados especiais à primeira infância e às populações de maior vulnerabilidade, para promover o crescimento e desenvolvimento saudável dessas crianças.
PUERICULTURA
Uma das estratégias, disponível em todas as unidades de saúde da zona urbana e rural é a puericultura, subespecialidade da pediatria que acompanha o crescimento e desenvolvimento da criança. Através dela, o Ministério da Saúde recomenda um calendário para as consultas de rotina que iniciam na primeira semana de vida da criança, depois no primeiro, segundo, quarto, sexto, nono e décimo segundo mês obrigatoriamente.
De janeiro deste ano até o momento, já são 10.153 crianças menores de um ano atendidas pelo município
TESTE DO PEZINHO
Através desse serviço, a prefeitura oferta o teste do pezinho. Importante para o diagnóstico de diversas doenças, o exame consegue identificá-las precocemente e tratá-las.
O teste é realizado com a coleta de sangue do calcanhar do bebê e deve ser feito nos primeiros dias de vida. Por meio do procedimento é possível detectar 12 doenças metabólicas, genéticas, enzimáticas e endocrinológicas.
MÉTODO CANGURU
Nas unidades de saúde, a Prefeitura também oferta o método canguru. Através dele, profissionais orientam e fazem o acompanhamento de mães que deram à luz a bebês prematuros. “Essa estratégia é importante pois através dessa proximidade com os profissionais de saúde das nossas unidades, o bebê prematuro vai começar a se desenvolver de forma saudável”, destaca Rosimari.
Dados do Departamento de Atenção Básica (DAB) da Semusa, apontam que, em 2022, 10.499 bebês, menores de um ano, foram atendidos nas Unidades de Saúde de Porto Velho. Neste ano, de janeiro até o momento, o número já se aproxima. São 10.153 crianças nessa faixa etária atendidas pelo município.
Rosimari relata ainda que a presença dessas crianças na Atenção Primária de Saúde é necessária para que cresçam com qualidade de vida.
“Nas nossas unidades, essas crianças são acolhidas e avaliadas nutricionalmente (peso e medidas de comprimento) pelos profissionais para saber se o desenvolvimento está ocorrendo de forma correta e saudável. Elas também recebem as primeiras vacinas e as famílias são orientadas para seguirem corretamente o calendário de consultas”, conclui.