Publicada em 13/11/2023 às 10h04
O assalto à casa dos pais de Bruna Biancardi, em Cotia (São Paulo), no dia 7 de novembro, foi premeditado por dois vizinhos e um terceiro suspeito ainda não identificado. No domingo, 12, o “Fantástico” (Globo) teve acesso à troca de mensagens entre os criminosos, Eduardo Vasconcelos, de 19 anos, e Pedro Henrique dos Santos Vasconcelos, de 18 anos.
Conforme as conversas, a falta de energia na região, devido às fortes chuvas no dia 3 de novembro, foi vista como uma “oportunidade” aos assaltantes. “Foi uma circunstância facilitadora para o crime. Iria acontecer mesmo se não houvesse apagão? Acredito que sim. A gente já tem provas, elementos nesse sentido, de que o crime já vinha sendo planejado. Já vinha sendo premeditado”, explicou a delegada responsável pelo caso, Mônica Gamboa, ao g1 e ao Fantástico.
“Já existia diálogo entre Eduardo e Pedro, do tipo: ‘aí, mano, você continua sendo vizinho da sogra da mina do Neymar? Algo nesse sentido eles já falavam”, comentou a delegada.
O envolvimento entre Bruna Biancardi e Neymar também foi um fator determinante para a escolha das vítimas. “Isso é dito pelo próprio indiciado. Ele fala: ‘nós planejamos lá porque a gente sabia que lá a certeza de captar objetos de valor, de encontrar eventualmente dinheiro, era uma probabilidade maior do que qualquer uma das outras casas”, enfatizou Mônica.
Horas antes do crime, os jovens conversaram sobre a ação. Nas mensagens do WhatsApp, eles falaram sobre levar uma arma e “aproveitar” que as câmeras de segurança estariam desligadas. No entanto, foram filmados pela câmera da portaria, que funcionava mesmo sem energia elétrica.
Confira a seguir alguns trechos da troca de mensagens entre os criminosos:
Pedro: “Eu e você só, vou levar o 38”
Eduardo: “Já era, tamo rico. […] Vai sair até na tela: mulher do Neymar”
Pedro: “Lógico que vai, vamos deixar tudo revirado. Direto para o closet, entendeu? E quarto da mãe e do pai. Pegar os Rolex”
Eduardo: “Roubar e ficar andando pelo condo ainda. Fumando um”
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