Publicada em 23/12/2023 às 09h50
Porto Velho, RO – A ex-tucana Mariana Carvalho, hoje no Republicanos, é a queridinha da vez quando o assunto é a sucessão na disputa pela Prefeitura de Porto Velho.
Com apoio de políticos gabaritados e de parte significativa do próprio estafe administrativo que rege a atual gestão, incluindo o mandatário-mor, ou seja, Hildon Chaves (Sem partido), ela surge no horizonte com uma das maiores potências no campo eletivo.
A despeito do revés em 2022, quando superada pelo pecuarista Jaime Bagattoli, do PL, apesar de toda a sua bagagem, experiência a traquejo na vida pública, ela se manteve firme no propósito de segurar as rédeas da Capital rondoniense.
Continuou surgindo ao lado do cacicado regional, falando sobre obras, realizações, destinação de emendas, enfim, fazendo o possível para preservar sua imagem e credenciais na imprensa e outros meios de mídia.
O seu percalço no ano passado, como já pontuou o Rondônia Dinâmica em editoriais veiculados outrora, foi justamente a transmutação repentina de sua figura, que, do dia para noite, permitiu abrir mão de uma personalidade exclusiva para “adotar” um bolsonarismo exagerado e caricato.
Mariana se recicla, larga "fantasia" de Véio da Havan, e volta a ser o que sempre foi / Reprodução
Isto, como quando, por exemplo, passou a se vestir com as cores do “Véio da Havan”, fazendo uma espécie de cosplay do dono do empreendimento da “Estátua da Liberdade”, monumento espalhado em suas fachadas Brasil afora.
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A partir daí foi fácil para Bagattoli fazer o que já vinha fazendo desde o seu surgimento para a política regional: foi ele mesmo, segurando as mesmas bandeiras e adornos de sempre. Ao eleitorado mais à direita, Jaime soou mais natural, espontâneo, palpável e verdadeiro.
Reciclada, Mariana foi voltando aos poucos ao que sempre fora: recuperando a naturalidade e abrindo mão da “forçação de barra” na interpretação. Regressou às próprias cores e passou a falar para a população de modo geral, sabendo, agora, que as “bolhas” já têm dono. Ou melhor dizendo: donos.
Com isso, regressa à condição de postulante palatável, fugindo à rejeição que adorna polos extremos.
Com aval de Chaves, é certamente o nome mais pujante e significativo na disputa que ocorrerá no outubro vindouro.
De qualquer maneira a ruma de adversários é extensa e o pleito para o comando de Porto Velho deve ser um dos mais disputados de todos os tempos.
Fernando Máximo, do União Brasil; Pimenta de Rondônia, do PSOL; Vinícius Miguel, do PSB; Cristiane Lopes, do União Brasil; Marcelo Cruz, do Patriota; e Fátima Cleide, do PT, são só alguns dos arquétipos desenhados no horizonte quando se toca no assunto.
Lado outro, a história ensina, tanto no campo estadual quanto na esfera municipal, que situação não exatamente irá se perpetuar no Poder. Foi assim com Cassol-Cahúlla em 2010; e também com Mauro Nazif, ex-prefeito, que tentou se reeleger em 2016, mas foi abalroado pelo à época novato Hildon Chaves.
Em suma, pertencer a determinado grupo não necessariamente implica em vitória automática. Mariana, que chamam de “bola da vez”, para sacramentar-se na condição de prefeita ainda terá de percorrer longo caminho e destronar todas essas forças citadas na política local, além de outras que ainda surgirão até a data da eleição.
Feliz Natal!