Publicada em 12/12/2023 às 09h00
Conforme prometido durante a campanha eleitoral, o presidente Javier Milei determinou a suspensão, por um ano, da propaganda oficial em meios de comunicação da Argentina. O anúncio foi realizado, nesta terça-feira (12/12), por Manuel Adorni, porta-voz da Casa Rosada, durante entrevista coletiva.
Adorni anunciou também uma redução de 34% em cargos federais, mas não soube dar um número exato sobre o valor a ser economizado com os sortes, já que as nomeações e os contratos começaram a ser revisados agora.
A conta diz respeito às reduções de 18 para 9 ministérios, de 106 para 54 secretarias e de 182 para 140 subsecretarias.
“O objetivo é fazer o impossível no curtíssimo prazo para evitar a catástrofe”, justificou o porta-voz. Ainda segundo Manuel Adorni, os funcionários que não queiram fornecer informações sofrerão as “sanções correspondentes”.
A intenção também inclui verificar possíveis “contratações irregulares” realizadas no último ano pela gestão de Alberto Fernández. Ardoni já havia informado que se começará a exigir 100% de presença desses empregados e que “o emprego militante acabará”.
Privatizações
Após ser eleito presidente, Javier Milei anunciou seu compromisso com a privatização de três meios de comunicação: a TV Pública, a Rádio Nacional e a Télam.
Milei considera a TV Pública como um “mecanismo de propaganda”. Ele criticou o papel desempenhado durante a campanha eleitoral, alegando que a maior parte das informações divulgadas sobre seu partido foi negativa e com base em mentiras, contribuindo para uma atmosfera de temor.
“Setenta e cinco por cento do que foi dito sobre nosso lado foi de maneira negativa, com mentiras e apoiando a campanha do medo. Não vou aderir a essas práticas de ter um ministério da propaganda”, disse.
Ao destacar sua recusa em adotar práticas propagandísticas, Milei reforçou o desejo por uma abordagem mais transparente e equitativa na comunicação governamental.