Publicada em 12/12/2023 às 09h02
Dados divulgados pelas Forças de Defesa de Israel mostram que dos 105 militares mortos na Faixa de Gaza durante a ofensiva contra o Hamas, 20 foram mortos por fogo amigo e outros acidentes do tipo. Os combates começaram em 7 de outubro, depois que o grupo extremista entrou no território inimigo, matou cerca de 1.200 civis e militares e fez mais de 240 reféns.
Ainda segundo número das FDI, 13 soldados acabaram mortos por causa de erros de identificação: foram confundidos com combatentes do Hamas. Isso inclui ataques aéreos e terrestres e disparos de tanques.
Na lista entra um soldado atingido por tiros acidentais, dois por causa de falhas de ignição, dois soldados atropelados por blindados e dois por estilhaços de explosivos detonados pelas forças israelenses.
De acordo com as FDI, há uma análise constante dos combates. E que os estudos que incluem os casos de fogo amigo se tornam “rapidamente as lições aprendidas”.
Ofensiva de Israel continua forte em Gaza
A Assembleia Geral da ONU deve votar nesta terça-feira (12/12) uma resolução que exige “um cessar-fogo humanitário imediato” em Gaza, algo que nem o Conselho de Segurança do órgão conseguiu até agora. Enquanto isso, o ministro da Defesa afirmou que não pretende parar com a ofensiva.
De acordo com Yoav Gallant, em entrevista à agência de notícias AP, a atual fase da operação contra o Hamas “levaria tempo”. Segundo ele, a situação agora é caracterizada por intensos combates terrestres com o apoio de ataques aéreos. E isso pode se prolongar por semanas ou meses.
Gallant afirmou que, passada essa fase, a próxima etapa exigiria combates de menor intensidade contra “bolsões de resistência”. Mas que, para isso, as tropas precisam de liberdade. Já o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu apelou ao Hamas para “render-se agora”.
Enquanto isso, os combates no território continuam cada vez mais fortes. Israelenses e integrantes do Hamas se enfrentam dentro e ao redor da cidade de Khan Younis, no sul de Gaza.
Os bombardeios foram divulgados na noite de segunda (11/12). De acordo com médicos que trabalham em hospitais palestinos, pelo menos 15 pessoas acabaram mortas durante os ataques.