Publicada em 22/12/2023 às 09h15
A votação do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre uma tentativa de aumentar a ajuda à Faixa de Gaza será votada nesta sexta-feira (22) pelos países membros.
Os Estados Unidos, um dos membros fundadores do Conselho e aliado de Israel, conseguiu aprovação dos outros países para as mudanças que almejava e com isso colocou-se, pela primeira vez, favorável a uma proposta de resolução que envolva o cessar-fogo.
A proposta, elaborada pelos Emirados Árabes Unidos passou por duas semanas de negociações até chegar no texto alcançado nesta quinta-feira.
"Essa é uma resolução que podemos apoiar", disse a embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield.
No entanto, ela não especificou se isso significava que os EUA votariam a favor ou se absteriam (entenda sobre o processo de voto abaixo), o que permitiria que a resolução fosse adotada.
Desde o início dos conflitos, em 7 de outubro, os Estados Unidos já vetaram resoluções contrárias a Israel duas vezes.
A atual versão do texto pede que sejam tomadas "medidas urgentes para permitir imediatamente o acesso seguro e sem obstáculos à ajuda humanitária, e também para criar as condições para um cessar-fogo sustentável", mas não pede o fim imediato dos combates.
Como funciona a votação?
O grupo é composto por cinco países com assentos permanentes — EUA, Reino Unido, China, Rússia e França — que, nas votações, possuem o poder de vetar resoluções e 10 outros países com assentos rotativos.
As soluções votadas no Conselho precisam de 9 votos favoráveis para serem aprovadas. No entanto, os países com assentos permanentes podem vetar a proposta aprovada, mesmo que sejam os únicos a negá-la. Esses membros também podem se abster de votar — ou seja, na prática, deixando a resolução ser aprovada.