Publicada em 18/12/2023 às 09h53
O Exército de Israel afirmou ter encontrado o maior túnel construído pelo Hamas dentro da Faixa de Gaza. O caminho faria parte de uma passagem subterrânea, com uma rede ramificada e que tem mais de 4km. Além disso, estava a apenas 400 metros da passagem fronteiriça de Erez, em território israelense.
De acordo com testemunhas, entre elas um fotógrafo da agência de notícias AFP, é possível circular pelo túnel com um veículo pequeno.
Segundo os militares, uma construção do tipo pode ter custado milhões de dólares e anos de trabalho. Isso porque tem sistemas de drenagem, esgoto, ventilação, eletricidade e comunicação. E conta até mesmo com trilhos, supostamente usados para carregar a terra até a área externa, cuja entrada tem um cilindro metálico na borda com 1,5cm de espessura.
O piso não é tão elaborado, feito de terra batida, mas todas as paredes foram erguidas com concreto armado. O Exército mostrou filmagens, supostamente feitas pelo Hamas, nas quais um veículo de construção passa pelo túnel.
Israel diz ter encontrado armas
Os militares também disseram ter encontrado muitas armas no local. As autoridades afirmaram que o projeto é de Mohamed Yahya, irmão do chefe do Hamas, Yahya Sinwar.
O tenente-coronel Richard Hecht, porta-voz do exército, contou que o túnel estava a poucos metros da passagem exatamente para facilitar a entrada ilegal no país. “Para o Hamas, atacar o povo de Israel continua a ter prioridade sobre apoiar o povo de Gaza”, acusou.
Militares e forças de inteligência apontam que o sistema de túneis teve início a partir de 2007, depois que o país e o Egito iniciaram o bloqueio ao Hamas. Hoje em dia, esse labirinto recebeu o apelido de “metrô de Gaza” e é usado para receber mercadoria, armas e pessoas de outros países.
Desde o início do último confronto, em 7 de outubro, os militares dizem ter descoberto mais de 800 túneis e destruído perto de 500. Além disso, consideram inundar todos eles com água do mar Mediterrâneo.
Naquela data, o Hamas surpreendeu o mundo ao lançar um ataque que matou cerca de 1.200 civis e militares, além de fazer mais de 240 reféns.