Publicada em 04/12/2023 às 15h56
Em declarações à agência noticiosa EFE, Oinam Sukumar, superintendente adicional da polícia do distrito de Tengnoupal, onde foram encontrados os cadáveres, confirmou que "houve um tiroteio e morreram 13 pessoas", acrescentando que decorrem investigações para averiguar mais detalhes sobre a situação.
A mesma fonte precisou que todos os mortos pertenciam à comunidade meitei, maioritária na região, mas que é ainda desconhecido o número total de envolvidos no tiroteio.
Causando pelo menos 175 mortos e mais de 50 mil deslocados, a onda de violência em Manipur teve início a 03 de maio quando jovens da minoria kuki protestaram contra a decisão de um tribunal de atribuir aos meitei um estatuto que lhes permitiria ocupar territórios nas montanhas e aceder a postos governamentais.
Englobando vários grupos e geralmente professando a fé cristã, os kukis constituem a minoria que domina os territórios da montanha de Manipur, enquanto a maioria metei é hindu e ocupa as zonas mais planas do território.
Assim, a decisão do tribunal foi avaliada pelos kukis como uma usurpação dos seus privilégios e para fazer prevalecer a maioria étnica hindu.
No mesmo estado e paralelamente, o Governo indiano alcançou, na semana passada, um acordo para que o grupo separatista Frente Unido de Libertação Nacional (UNLF), ativo há seis décadas, fosse desarmado e incorporado na comunidade.