Publicada em 14/12/2023 às 10h01
Porto Velho, RO – Em um país vasto como o Brasil, as distâncias se transformam em desafios logísticos e, consequentemente, impactam os preços das passagens aéreas. Segundo dados detalhados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o mês de agosto revelou um cenário marcado por extremos quando o assunto é voar em terras rondonienses.
A rota entre Porto Velho, em Rondônia, e Viracopos, em Campinas, interior de São Paulo, com seus 2.389 quilômetros, ganhou notoriedade ao registrar a passagem mais cara do Brasil no período. Um viajante desembolsou expressivos R$ 7.494,90 para percorrer esse trajeto, com escala e na classe econômica.
Os detalhes sobre as tarifas reais praticadas pelas companhias aéreas e o volume de assentos vendidos a determinados preços são oferecidos pelo sistema da Anac, sem, no entanto, identificar os passageiros. Esse nível de transparência, louvado por especialistas internacionais do setor, revela nuances do mercado que, em muitos lugares, permanecem ocultas.
Curiosamente, a Azul desponta como protagonista dos voos mais custosos, ocupando os três primeiros lugares no ranking das passagens aéreas mais caras em agosto. Além do mencionado trecho entre Porto Velho e Campinas, a empresa figurou em segundo lugar com a rota entre Ji-Paraná, Rondônia, e Goiânia, Goiás, por R$ 7.243,90. O terceiro lugar, com o mesmo valor, envolveu a ligação entre Santarém, no Pará, e Parnaíba, no litoral do Piauí.
É importante ressaltar que, nos três casos, não há voos diretos entre os respectivos aeroportos, sendo oferecidas passagens com conexão.
Em contrapartida, a Azul também apresentou a face mais acessível de suas tarifas em agosto, com o bilhete mais econômico saindo por R$ 66,90. Três passageiros aproveitaram essa oferta para voar de Pelotas, interior do Rio Grande do Sul, até Porto Alegre.
A disparidade entre os extremos impressiona: a passagem mais cara, R$ 7.494,90, atingiu um patamar 16.942% superior à mais barata do mês, comercializada pela Latam. Nessa oferta, um único passageiro desembolsou meros R$ 43,98 para voar entre os aeroportos de Congonhas, em São Paulo, e Santos Dumont, no Rio de Janeiro.
O registro aponta que, mesmo em um cenário de contrastes, a busca por preços mais acessíveis é uma constante, destacando a complexidade e as particularidades do mercado aéreo em Rondônia.