Publicada em 24/01/2024 às 11h41
Porto Velho, RO – No cenário político de Porto Velho, a direita se apresenta como protagonista, mas com nuances e contrastes que evidenciam divergências entre seus representantes. O Coronel Chrisóstomo, do PL, emerge como um nome sondado, destacando-se por sua lealdade a Jair Bolsonaro. Contudo, sua atuação na política é marcada por uma personalidade controversa e por críticas relacionadas à falta de iniciativas efetivas para beneficiar Rondônia.
No espectro bolsonarista, Chrisóstomo se destaca, mas não apenas por suas posições políticas. Sua abordagem ruidosa e polêmica, expressa principalmente em pronunciamentos estridentes no Plenário, levanta questionamentos sobre sua capacidade de efetivamente promover políticas públicas no estado. Seu estilo, caracterizado por embates com o Poder Judiciário e ataques a autoridades, revela uma abordagem que se distancia do pragmatismo observado em outros líderes políticos de direita.
Um contraponto a esse estilo é Mariana Carvalho, do Republicanos, ex-deputada federal. Reconhecida por sua popularidade e conexões na classe política local, Carvalho busca retomar suas raízes políticas após uma incursão no bolsonarismo que resultou em uma derrota na corrida pelo Senado no ano passado.
Seu retorno à autenticidade política e o apoio do grupo que atualmente governa Porto Velho fortalecem suas chances de representar uma direita mais sintonizada com a realidade da cidade.
Outro nome em destaque é o médico Fernando Máximo, do União Brasil, que se apresenta como uma figura mais técnica e preparada para enfrentar as demandas da população. Sua experiência na condução das políticas de Saúde durante a pandemia de COVID-19, integrando a gestão de Coronel Marcos Rocha, rendeu-lhe o título de mais votado de Rondônia nas eleições passadas. Máximo, mantendo posturas conservadoras e liberais, destaca-se por sua abordagem prática, empírica e pela compreensão aprofundada da administração pública.
Ao analisar esses três perfis, é possível observar que Mariana Carvalho e Fernando Máximo se destacam como expoentes da direita local, cada um com sua qualificação real para concorrer à Prefeitura da Capital.
Enquanto Mariana representa uma liderança com mais bagagem, conexões com a realidade local e com apoio político consolidado, Máximo destaca-se por sua competência técnica e pragmatismo na gestão pública.
Por outro lado, Coronel Chrisóstomo parece assumir um papel mais caricato no pleito, oferecendo entretenimento à plateia, mas levantando dúvidas sobre sua capacidade de conduzir a cidade com efetividade.
Sua passagem pela Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Básicos (Semisb) na gestão anterior de Hildon Chaves é lembrada não com saudades, mas com questionamentos sobre sua produtividade e capacidade de entregar resultados concretos.
Assim, a corrida eleitoral em Porto Velho promete ser um xadrez político envolvendo diferentes perspectivas dentro da direita, com eleitores avaliando não apenas as ideologias, mas também a efetividade e a autenticidade dos candidatos. O desafio está em equilibrar a representação ideológica com a capacidade de governar, na busca por um líder que atenda às expectativas e necessidades da população da capital rondoniense. Por ora, Mariana Carvalho, Fernando Máximo e Coronel Chrisóstomo disputam eleição "informal" pela preferência de conservadores e liberais antes de se postarem como concorrentes de fato em 2024.