Publicada em 20/01/2024 às 10h30
Com janeiro chegando ao fim e as eleições municipais de outubro se aproximando, quando serão eleitos – e reeleitos – prefeitos, vices e vereadores, os bastidores da política estão fervilhando neste início de 2024. E a movimentação é mais intensa em Porto Velho, o maior colégio eleitoral de Rondônia, com cerca de 350 mil eleitores em 2022, onde as lideranças mais expressivas que não estarão diretamente na disputa, como o governador Marcos Rocha e o prefeito Hildon Chaves (PSDB), em seu segundo mandato, pretendem eleger pessoas ligadas ao grupo, o que é notório.
Nas eleições de 2022, Hildon Chaves (UB) foi fundamental na reeleição de Rocha. Ele e sua esposa, a deputada estadual Ieda, segunda mais bem votada no Estado (24.667 votos) apoiaram Rocha no primeiro e segundo turnos, inclusive se filiaram no partido presidido pelo governador, o União Brasil. Hildon chegou até a ter cargo no diretório, mas depois de um bom tempo, ficou sabendo, que “perderam” sua ficha de filiação e, por isso, continua firme e forte no PSDB.
A expectativa é que Rocha e Hildon estarão fechados em um mesmo nome para disputar a sucessão municipal na capital. E o nome escolhido seria o da ex-deputada federal Mariana Carvalho, que preside o Republicanos no Estado. Mariana sempre privilegiou Porto Velho na distribuição de suas emendas e boa parte do investimento na construção do Terminal Rodoviário, que deverá ficar pronto este ano, tem recursos disponibilizados por ela.
Mariana é a favorita de Hildon, que teve como vice no primeiro mandato seu irmão, Maurício, que se elegeu deputado federal em 2022 e hoje, ocupa o cargo de Líder da Bancada de Rondônia na Câmara Federal.
O problema é que o União Brasil presidido no Estado pelo governador Rocha, tem no mínimo dois nomes em condições de concorrer à prefeitura da capital. Um deles o deputado federal mais bem votado em Rondônia em 2022, (85.604 votos), Fernando Máximo, que já foi secretário de Estado da Saúde, no primeiro mandato de Rocha.
Ele já vem realizando um amplo trabalho de campo desde o segundo semestre de 2023 marcando presença em todas as ações públicas realizadas em Porto Velho. Não há dúvida que é um nome com plenas condições de reivindicar a candidatura e lógico, quer não somente o apoio de Rocha, mas de Hildon.
Outro nome do UB é da deputada federal Cristiane Lopes, ex-vereadora da capital, que já disputou as eleições a prefeito em 2020 e chegou ao segundo turno com Hildon. Foi derrotada por Hildon conseguindo pouco mais de 9% dos votos, mesmo ela realizando uma campanha sem muito vigor econômico.
É um nome a ser considerado. Cristiane já foi adjunta da Secretaria de Estado da Educação de Rocha. Deixou o cargo para se candidatar a federal e conseguiu se eleger.
O Grupo liderado por Rocha e Hildon também tem mais um político expressivo para disputar a sucessão municipal. O ex-deputado federal Léo Moraes, do Podemos, que já foi vereador em Porto Velho, deputado estadual e hoje está como diretor-geral do Detran-RO. Em 2022 Léo disputou o Governo do Estado, somou quase 15% dos votos válidos, mas não chegou ao segundo turno.
O grupo, caso seja consolidado tem mais uma opção, que seria a “carta na manga”, a do secretário de Governo de Hildon, o advogado Fabrício Jurado, que assumiu recentemente o comando do PSDB. Anote a informação e deixa de lado, por enquanto.
Outro grupo que deverá disputar a Prefeitura de Porto Velho com muitas chances de sucesso é o de oposição, composto pelo MDB, PT e PSB. Comenta-se com muita ênfase nos bastidores da política, que é enorme a possibilidade de os três partidos caminharem juntos nas eleições deste ano.
O PSB está vitalizado com o comando do jovem professor universitário Vinícius Miguel, que já vem percorrendo o Estado ajustando os diretórios municipais, mas a prioridade é Porto Velho. O MDB elegeu recentemente o ex-deputado estadual, que também já passou pelas secretarias de Saúde (Porto Velho e Estado), Williames Pimentel, presidente do diretório da capital. É um nome em condições de disputar a sucessão municipal.
Caso MDB e PT fechem com o PSB, Vinícius Miguel tem muitas chances de liderar o grupo, assim como Pimentel, que já concorreu à prefeitura da capital e Fátima Cleide, do PT, ex-senadora e com uma ampla folha de bons serviços prestados a Rondônia e pessoa das mais consideradas dentro do seu partido. Fátima pode ser o nome da parceria, que também poderá ter o PDT, do ex-senador Acir Gurgacz, que sempre se identificou bem com o PT no Estado. não será uma escolha das mais fáceis
Hoje estão na lista de pré-candidatos à sucessão municipal em Porto Velho, além dos nomes já citados, no mínimo mais uma meia dúzia de lideranças. Alguns com mais ou menos condições, reais, mas que dependem de acordos para poder ter um mínimo de chances, além de nomes já tradicionais, como o do presidente do Psol, Pimenta de Rondônia, que está sempre nas disputas a prefeito de Porto Velho e ao Governo do Estado.
Correndo por fora, mas com possibilidades reais de sucesso está o grupo liderado pelo deputado estadual Marcelo Cruz, presidente da Assembleia Legislativa (Ale), que foi eleito pelo Patriota, partido que se fundiu ao PTB criando o Partido da Renovação Nacional-PRN. Político com ascensão meteórica na política, onde passou de vereador em Porto Velho a deputado estadual e em seguida presidente do Poder Legislativo Estadual, Marcelo é nome sempre constante nas listas de pretendentes a concorrer a prefeito da capital. É jovem, mas tem enorme bagagem política.
As convenções estão chegando (20 de julho a 5 de agosto) e a cada semana cresce a mobilização entre os dirigentes partidários. Político que pretenda concorrer a governador em 2026 precisa formatar parcerias, para este ano, pois eleger prefeitos e vereadores nos principais colégios eleitorais do Estado será fundamental para projetos-futuros. No caso, as eleições gerais de 2026.