Publicada em 19/01/2024 às 11h22
Em meio à tensão global crescente, o presidente do Comitê Militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) afirmou que a aliança acredita que uma guerra direta com a Rússia deve acontecer dentro dos próximos 20 anos e pediu que civis de países que integram o bloco estejam preparados para atuar em um possível cenário de conflito.
“Temos que perceber que não é um dado adquirido que estamos em paz. E é por isso que nós [Otan] estamos nos preparando para um conflito com a Rússia”, disse o almirante holandês Rob Bauer durante entrevista coletiva nessa quinta-feira (18/1).
Segundo o militar, as próximas duas décadas são preocupantes e exige que civis do Ocidente estejam prontos para uma possível guerra envolvendo os 31 países da aliança militar liderada pelos Estados Unidos.
O almirante usou a Suécia como exemplo e elogiou a atitude do ministro da Defesa sueco, Carl-Oskar Bohlin, que no início de janeiro pediu que a população se prepare para uma possível guerra envolvendo país que está em processo de adesão à Otan e faz fronteira com a Rússia.
“Tudo começa aí”, afirmou Bauer. “A percepção de que nem tudo é planejável e nem tudo correrá bem nos próximos 20 anos”.
As declarações do militar aconteceram logo após a Otan anunciar a realização do maior exercício militar do bloco desde a Guerra Fria. Ao todo, 90 mil militares serão mobilizados para o Steadfast Defender 2024, que contará com a presença dos 31 países da aliança e a Suécia, começa na próxima semana e deve durar até maio. As atividades começam na próxima semana e devem durar até maio.
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