Publicada em 08/02/2024 às 14h44
Os detidos, incluindo 17 mulheres, foram libertados através da passagem fronteiriça de Kerem Shalom, designada Karm Abu Salem pelos palestinianos, na fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza.
No entanto, as autoridades israelitas não têm fornecido informações sobre o número de detidos em Gaza que permanecem nas suas prisões, com as autoridades palestinianas a denunciaram constantes "desaparecimentos forçados", indicou a agência noticiosa palestiniana WAFA.
A Sociedade de Presos Palestinianos (PPS na sigla em inglês) indicou que pelo menos 8.800 palestinianos da Cisjordânia e de Jerusalém leste permanecem detidos em prisões israelitas, incluindo mais de 3.290 em detenção administrativa, sem acusação formal ou julgamento.
A ofensiva de Israel provocou até ao momento mais de 27.800 mortos e 61.317 feridos na Faixa de Gaza, de acordo com dados do ministério da Saúde local controlado pelo Hamas.
Na Cisjordânia e em Jerusalém leste, regiões ocupadas desde 1967, já foram mortos desde 07 de outubro 375 palestinianos em operações desencadeadas pelo Exército ou pelos colonos.
No ataque do Hamas a território israelita em 07 de outubro foram mortas 1.140 pessoas, na sua maioria civis mas também perto de 400 militares, segundo os últimos números oficiais israelitas. Cerca de 240 civis e militares foram sequestrados, com Israel a indicar que 127 permanecem na Faixa de Gaza.
A ofensiva israelita também tem destruído a maioria das infraestruturas de Gaza e perto de dois milhões de pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas, a quase totalidade dos 2,3 milhões de habitantes do enclave.
A população da Faixa de Gaza também se confronta com uma crise humanitária sem precedentes, devido ao colapso dos hospitais, o surto de epidemias e escassez de água potável, alimentos, medicamentos e eletricidade.