Publicada em 02/02/2024 às 13h44
A BR 364 responde por parte significativa da economia regional. É por ela que passa a maior parte da produção agrícola (soja, milho, café) e carne de gado exportada para outros países, via porto graneleiro de Porto Velho, no Rio Madeira.
O porto também recebe grãos, soja principalmente, de parte do Sul do Mato Grosso, que chegam ao local via BR 364, que todos os anos, quando chega à região o Inverno Amazônico (chuvas durante meses, como agora) o trecho da rodovia entre Porto Velho a Vilhena, com cerca de 700 quilômetros fica esburacado, compromete a segurança e favorece os acidentes, que são muitos, boa parte fatais, além de a demora para trafegar no trecho. Uma viagem de Vilhena a Porto Velho, que tem duração prevista de 15h em veículo de passeio, por exemplo, demora o dobro, além do constante perigo de acidentes no período de chuvas.
Na última semana o governo federal anunciou, que a 364 terá pedágio em dois trechos às imediações de Porto Velho, ou seja, privatizada. A expectativa não era essa.
Há tempos a luta é para que a BR 364 seja restaurada no trecho Porto Velho a Vilhena, por onde trafegam cerca de 2,5 mil veículos de carga/dia nos períodos de safra. A privatização e a cobrança de pedágio não seriam a solução esperada. Também não se tem noção de quando e como será efetivado o que foi anunciado pelo governo federal.
A Bancada Federal de Rondônia (senadores e deputados) devem entrar no circuito e saber o futuro da BR 364. Uma boa oportunidade de o senador Confúcio Moura (MDB), político federal com enorme trânsito junto ao Governo Lula da Silva (PT), entrar no circuito e garantir uma obra de enorme relevância para a economia de Rondônia, da região e do país. Confúcio tem a chance de marcar de vez a sua passagem na política de Rondônia, que já é importante.
A simples terceirização e cobrança de pedágio não atenderão as necessidades de quem depende da BR para trabalhar, transportar a produção agrícola, pecuária e a segurança para o tráfego de veículos de carga e de passeio.
Que a terceirização com a entrada no pedágio não seja um “presente de grego” para a região.