Publicada em 18/03/2024 às 11h37
Porto Velho, RO – Em mais um episódio da saga de autoexaltação política, o ilustre Confúcio Moura retorna aos holofotes com um novo texto em seu blog, onde desfila suas proezas administrativas e se coloca no pedestal do "melhor do melhor do mundo" em governança. Como se uma simples menção ao seu nome fosse o suficiente para transformar Rondônia em um paraíso de eficiência e transparência.
Na narrativa quase cômica do senador e ex-governador, ele insinua que sua mera presença no comando do Estado foi o catalisador de um milagre administrativo, elevando-o ao status de referência em equilíbrio fiscal e transparência na gestão dos gastos públicos. É como se Confúcio se visse como um semideus, cujo toque transforma orçamentos em ouro e relatórios financeiros em obras de arte.
Contudo, é difícil ignorar o exagero por trás das palavras de Confúcio. Atribuir todo o sucesso fiscal de Rondônia a uma única figura política é como dizer que o Mickey Mouse é o responsável pelo funcionamento da Disney. Pode até ser uma comparação divertida, mas está longe da realidade.
RELEMBRE
Confúcio Moura se acha o “melhor do melhor do mundo” em administrar Rondônia e Ariquemes
Enquanto Confúcio se pavoneia em seu pedestal de autoglorificação, é inevitável lembrar das críticas ácidas que recebeu recentemente, quando foi comparado a um Cupido que flechou o coração do estado, fazendo-o apaixonar-se pela prosperidade. Será que ele realmente acredita que sua gestão foi um conto de fadas onde tudo se transformava em ouro ao seu toque?
E que dizer de suas promessas grandiosas, como transformar Rondônia em "um polo de desenvolvimento para a América"? Parece que Confúcio está mais interessado em construir castelos no ar do que em lidar com os problemas reais que assolam o Estado. Talvez ele devesse começar por resolver os desafios do saneamento básico em Porto Velho, em vez de construir estátuas de ouro em sua própria homenagem.
Para Confúcio Moura, Confúcio Moura é "o cara" / Reprodução
Em meio a tantas proclamações grandiosas, é fácil esquecer que o mundo continua girando, mesmo que Confúcio esteja convencido de que é o centro do universo. Talvez seja hora de ele descer do pedestal e encarar a realidade de frente, trabalhando arduamente para cumprir as promessas feitas ao povo, em vez de se perder em devaneios políticos.
Mas quem sabe, em seu próximo texto, Confúcio nos surpreenda com uma autoavaliação mais humilde e realista. Afinal, como diz o ditado, a esperança é a última que morre - mesmo que às vezes pareça estar sendo estrangulada por tanto narcisismo político.