Publicada em 08/03/2024 às 11h31
Preocupado com a segurança da população e com o possível fortalecimento das rotas de tráfico, contrabando e roubos de carros que devem aumentar em Rondônia e em todo o Brasil em função da possível construção da Ponte Binacional, em Guajará-Mirim, o deputado Delegado Camargo, presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa esteve no Ministério da Justiça, no dia 23 de fevereiro, onde protocolou um ofício solicitando informações do Ministério quanto ao sistema de segurança a ser implementado na divisa do Brasil com a Bolívia.
“Considerando a importância dessa obra para o povo brasileiro, principalmente para a região Norte do país queremos saber do governo Lula quais são as medidas específicas planejadas pelo Governo Federal para garantir a segurança, defesa nacional e o controle de fronteiras após a inauguração da Ponte Binacional. Além das preocupações relacionadas ao aumento das atividades criminosas de contrabando, narcotráfico e tráfico de pessoas, como o Governo Federal está planejando enfrentar os desafios específicos dos crimes patrimoniais, furtos e roubos de veículos após a inauguração da ponte”, destacou.
Reconhecendo o aumento das interações entre as pessoas e bens de diferentes países proporcionado pela construção da ponte, o que pode apresentar desafios para o combate ao crime organizado transfronteiriço, incluindo o "Novo Cangaço" e "Domínio de Cidades", o deputado também quer saber do Ministério da Justiça e Defesa do Cidadão, as medidas concretas que estão sendo tomadas pelo Governo Federal, para prevenir e combater os crimes essas ações criminosas após a inauguração da Ponte Binacional Brasil-Bolívia e como o Governo Federal pretende coordenar esforços entre os diferentes Ministérios para abordar as questões relacionadas ao aumento das rotas de fuga para crimes graves após a inauguração da ponte.
Tendo em vista a relevância da questão penitenciária e a existência de um presídio federal em Porto Velho, que pode estar vulnerável a ações do crime organizado após a construção da ponte, o presidente da Comissão de Segurança pública pede ao Ministério que informe, mesmo que de forma confidencial, quais medidas específicas estão sendo tomadas pelo Governo Federal para garantir a segurança do presídio federal em Porto Velho e prevenir possíveis tentativas de resgates por parte de organizações criminosas após a inauguração da Ponte Binacional e como o Governo Federal pretende enfrentar os desafios adicionais de segurança pública, especialmente no que diz respeito à prevenção de roubos e assaltos a cidades.
Delegado de profissão, combatendo o crime em Rondônia há mais de 13 anos, Rodrigo Camargo questiona o Ministério da Justiça, como o Governo Federal planeja investir de forma específica em recursos humanos e logística para aumentar o efetivo policial e militar na região de Guajará-Mirim e em todo o estado de Rondônia e além dos cuidados para combater o crime organizado, Camargo pede informações de como o Governo Federal planeja abordar especificamente as questões dos crimes patrimoniais e os roubos e furtos de veículos após a inauguração da Ponte Binacional Brasil-Bolívia e quais as medidas que estão sendo tomadas pela segurança pública para garantir a segurança dos cidadãos e a proteção dos seus bens nessa região.
Camargo ressalta a importância dos questionamentos, pois são fundamentais para promover ações decorrentes da construção da Ponte Binacional, que ligará o Brasil à Bolívia, além de auxiliar na implementação de políticas públicas para o bem-estar da população. “A Ponte é de extrema importância para o Brasil, especialmente para o estado de Rondônia, mas é necessário que além da obra, tenhamos cuidado com a segurança pública, pois, imaginem só, se hoje o governo não consegue coibir as travessias feitas por pequenas embarcações ao longo do rio, imaginem com uma ponte, onde o acesso é mais rápido e o fluxo é maior. Precisamos da ponte, mas precisamos de uma estrutura completa para garantir a segurança e o patrimônio da população de Rondônia e dos estados vizinhos”, pontuou.