Publicada em 21/03/2024 às 15h18
Shmigal divulgou a estimativa no seu canal oficial da plataforma digital Telegram, asseverando também que as potências e organizações internacionais devem fazer com que os bens russos congelados em todo o mundo sirvam para financiar a reconstrução da Ucrânia.
O chefe do executivo ucraniano manteve hoje uma reunião com os líderes do Atlantic Council e do Instituto Hoover, dois importantes 'think tanks' norte-americanos, a quem explicou "os motivos económicos, políticos e jurídicos para a confiscação tanto dos bens soberanos da Rússia como de oligarcas".
"A Rússia tem de pagar. Estamos a trabalhar com especialistas e parceiros para pôr em prática esse princípio", sublinhou Shmigal, referindo igualmente a hipótese de impor um "imposto especial sobre os recursos russos" - como o petróleo e o gás - quando a Ucrânia for declarada vencedora da guerra.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991, após a desagregação da antiga União Soviética, e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontam-se com falta de armamento e munições, apesar das promessas de ajuda dos aliados ocidentais, num conflito que já fez dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, muitos dos quais civis, e sem hipóteses de conversações entre Moscovo e Kyiv à vista.