Publicada em 01/03/2024 às 08h20
COLUNA FALANDO SÉRIO – Águas de março
"Águas de Março" é uma canção brasileira do compositor Tom Jobim (1972). A canção chegou a inspirar diversas campanhas publicitárias de grandes marcas nacionais e multinacionais. Encontrei na enciclopédia livre Wikipédia o seguinte sobre a música: “[...] no ano anterior à composição de "Águas de Março", Tom Jobim havia sofrido a única grande perseguição política em sua vida. Em um protesto contra a censura que vigorava durante a Ditadura Militar no Brasil, Tom Jobim e alguns compositores assinaram um manifesto e se retiraram do Festival Internacional da Canção, da Rede Globo. Doze artistas, entre os quais Tom, foram detidos e, durante algumas horas, interrogados. Segundo declarações posteriores de Chico Buarque, Edu Lobo e Ruy Guerra, um diretor da emissora esteve presente e insistiu para que os compositores voltassem atrás e retornassem ao festival. A pressão não funcionou, mas - na opinião de Chico e Ruy - instigou o aparelho repressivo do regime militar a enquadrá-los na Lei de Segurança Nacional. Depois, Tom foi intimado várias vezes a prestar depoimento, chegou a ter o seu telefone grampeado e a suas cartas, violadas. Segundo Tom, a questão foi resolvida "de uma maneira bastante brasileira", quando um escrivão de polícia solidário o chamou e disse: ‘Olhe, o senhor não queira se meter com polícia, isso aqui não é bom. Negócio de polícia não é bom. Vou bater um negócio aqui para o senhor, e assim, o escrivão bateu à máquina de escrever uma declaração, que Tom assinaria. ‘Este papel aqui diz que o senhor não teve intenção’.”
Águas de março
A música “Águas de Março” faz referência ao mês de preparação do Golpe Militar no Brasil que aconteceu no dia 31 de março e se consolidou no dia 1.º de abril de 1964. Vale a pena trazer a baila porque recentemente tivemos milhares de brasileiros que em vez de se manifestar pedindo mais democracia e solução para os problemas brasileiros, estavam acampados nas portas dos quarteis do Exército Brasileiro pedindo intervenção militar no país.
É o fim do caminho
De forma muito inteligente, Tom escreve com poesia o que seria o primeiro ano da Ditadura Militar, vemos refletir nos seguintes refrãos: É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol, são as águas de março fechando o verão, é a promessa de vida no teu coração, é pau, é pedra, é o fim do caminho, é um resto de toco, é um pouco sozinho. Eu consigo interpretar cada refrão quando comparado ao movimento do Regime Militar no seu primeiro ano, quem não consegue é porque não tiveram ou não prestaram atenção na aula de literatura.
Caminhos do Brasil
O Brasil é um projeto mal acabado de Portugal, um país que não tem um projeto de poder nacional para educação, ciência, tecnologia, indústria, inteligência e defesa. Nosso complexo vira-lata é tão profundo que vivemos de aplaudir os sucessos dos outros países como exemplo: EUA, Alemanha, Itália, China, Japão e Coreia do Sul, ou seja, trabalhamos para comprar suas invenções, marcas e inovações. Por muitos anos, viveremos aplaudindo o sucesso dos outros enquanto nossas elites continuarem com a mentalidade de “escambo” e o nosso povo, não compreender a diferença entre direitos e privilégios. Essa revolução, passa pela Educação e Cultura.
Empreender
Com todo respeito aos donos de mercados, mercadinhos, farmácias, motoristas de aplicativos, entregadores, empreendedores individuais de necessidade e outros, não querendo ofender ou diminuir, mas empreender dentro de um projeto nacional de poder é refletir, criar, inventar, produzir e vender bens de capital e de consumo duráveis e não duráveis com tecnologia própria nacional, ou seja, mercadorias genuinamente brasileiras.
Embalos nas águas de março
Embalados nas águas de março, os pré-candidatos a vereadores e prefeitos, terão que refletir muito e recorrer a matemática do poder, para escolher o partido certo e a nominata competitiva de vereadores, que ofereça reais chances de vitória no próximo pleito eleitoral municipal de outubro.
Problema
Os partidos ideológicos de Esquerda, Extrema-esquerda e Extrema-direita, não terão problemas em montar suas nominatas. Já os partidos de Direita, Centro-direita e Centro-esquerda, terão dificuldades de montar suas nominatas de vereadores. Inclusive, na semana que vem, vamos tratar desse tema aqui na Coluna Falando Sério de maneira especifica.
Não troca
Em reunião ontem na sede do PL (29), na capital Porto Velho, o senador Jaime Bagatolli (PL), se fez presente ao lado do senador Marcos Rogério (PL), na presença de várias lideranças locais da sigla Liberal, o senador Bagatolli disse que recebeu vários convites para deixar a referida sigla e assumir a direção estadual de uma outra legenda, mas ele foi enfático em dizer que não troca de partido e vai ajudar na construção de candidaturas vencedoras do PL nos municípios rondonienses.
Parlamento Amazônico
Os deputados estaduais Marcelo Cruz (Solidariedade), Laerte Gomes (PSD), Ismael Crispim (MDB), Jean Mendonça (PL) e Lucas Torres (PP), tomaram posse no Parlamento Amazônico para o Biênio 2024/2025. O presidente do Parlamento será o deputado estadual Laerte Gomes (PSD), vale salientar que é a primeira vez que um parlamentar rondoniense assumi a presidência do Parlamento Amazônico.
Demonstração de Força
A posse dos deputados rondonienses a frente do Parlamento Amazônico foi muito concorrida e uma demonstração de força dos deputados estaduais Laerte Gomes e Marcelo Cruz. Se fizeram presente ao evento o Senador Jaime Bagatolli (PL), a deputada federal Silvia Cristina (PL), o deputado federal Eurípedes Lebrão (UB), o Diretor do Detran Léo Moraes (Podemos), o Vice-governador Sérgio Gonçalves (UB), o presidente da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), deputado estadual Sergio Aguiar (PDT-Ceará) e, representando o Tribunal de Contas de Rondônia, o conselheiro Edilson de Sousa Silva. Além de lideranças políticas como o ex-senador Expedito Júnior (PSD) e a ex-deputada federal Mariana Carvalho (Republicanos), que foram muitos cumprimentados durante o evento.