Publicada em 18/03/2024 às 08h40
O fundador do partido Novo e ex-presidenciável, empresário João Amoêdo, sempre afirmou que o surgimento do partido era por conta da falta de identificação das pessoas com as instituições, por sua vez, inovar na política seria o grande diferencial da legenda liberal no Brasil. No pleito eleitoral de 2018, sem tempo de rádio e televisão, fundo partidário e fundo eleitoral, a nova legenda elegeu oito deputados federais, um governador e o presidenciável Amoêdo, que era um desconhecido dos brasileiros, ficou na frente dos seguintes presidenciáveis: ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB), Marina Silva (Rede) e Álvaro Dias (Podemos). Após seguir o partido na declaração de apoio ao então candidato Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2018, Amoêdo começou a discordar dos rumos do Novo quando cobrou dos dirigentes e parlamentares, uma posição crítica da legenda a política adotada de combate a pandemia durante o Governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O posicionamento de Amoêdo, culminou com sua desfiliação da legenda que ajudou a criar, esse alegou na sua saída que o partido abandonou seus princípios e adotou uma estratégia oportunista, restando do Novo original só o nome. Conclusão: o Novo virou também um puxadinho do bolsonarismo.
Críticas Ácidas
Vez ou outra, Amoêdo, faz críticas pelas redes sociais à atuação do Novo, dentre as mais ácidas, fez ao governador de Minas Gerais, Romeu Zema, o único governador eleito e reeleito pela legenda liberal, de aumentar impostos e conceder privilégios a grupos empresariais. Também escreveu que o Novo “se dispõe a filiar quem não é ficha limpa”, uma referência a filiação do ex-procurador lava-jatista Deltan Dallagnol, quando ingressou na legenda.
“All-in” do fundão
O Novo mudou sua posição em relação ao financiamento público do partido e de campanhas eleitorais, alterando o Estatuto e projetando “all-in” do fundão partidário acumulado no valor de R$ 106 milhões reais, além do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), mais conhecido como Fundo Eleitoral.
Salvar
A estratégia do Novo de usar ambos recursos disponíveis é para tentar salvar a legenda nas eleições municipais de outubro próximo e de 2026, elegendo prefeitos, vereadores e uma bancada de deputados federais que supere a cláusula de desempenho, algo não conquistado em 2022, quando o partido terminou com três deputados federais.
Poço de rancor
O ex-presidenciável João Amoêdo, criticou a minúscula bancada federal do Novo por ter votado contra a reforma tributária e adoção do uso do dinheiro público do Fundo Partidário e do Fundo Eleitoral, inclusive para remunerar dirigentes partidários. O atual presidente da sigla, Eduardo Ribeiro, sempre chama o ex-presidenciável Amoêdo de “poço de rancor”.
Novo em Rondônia
O partido Novo em Rondônia já conta com pré-candidatos a prefeitos, a exemplo do advogado Ricardo Frota em Porto Velho; ex-prefeito e Professor Claudionor Leme em Nova Mamoré; Professor Ademar Scheidt em Guajará-Mirim; ex-deputado federal Lucas Folhador em Ariquemes; da vereadora Rosana Veterinária em Ji-Paraná.
Anotado
Perguntei por que o Diretório municipal do PL de Porto Velho não estava anotado no TRE-RO? Até quinta-feira (14) o Diretório da legenda bolsonarista não estava anotado, de repente, na sexta-feira (15), apareceu a anotação do referido partido. Quem figura como presidente da legenda é o deputado federal Coronel Chrisóstomo.
Competitivas
Acredito que os partidos PT/PCdoB/PV – unidos por federação partidária, não consigam formar nominata competitiva para conquistar uma cadeira na Câmara Municipal de Vereadores de Porto Velho – CMVPV. Partidos como PDT, MDB e PSB, também enfrentam dificuldades na formação de suas respectivas nominatas de vereadores.
Existência
O advogado Samuel Costa me apresentou os nomes dos novos filiados aos partidos da Federação PSOL/Rede liderada em escala nacional por Guilherme Boulos e Marina Silva, inclusive com nomes testados nas urnas. Eu sempre digo que o trabalho vence, portanto, o PSOL/Rede elegerá vereador na capital.
Articula
O deputado Marcelo Cruz e presidente da ALERO, articula a nominata de vereadores do partido Solidariedade, criado pelo líder sindical Paulinho da Força. Para quem não sabe, o referido partido é de Centro-esquerda e nunca elegeu representantes na Câmara Municipal de Vereadores de Porto Velho, nem mesmo quando foi presidido pelo ex-governador Daniel Pereira.
Façanha
Assessores próximos ao deputado Marcelo Cruz diz que o Solidariedade elegerá dois vereadores. Dentre os nomes mais cotados está do ex-vereador e ex-deputado estadual Hermínio Coelho – puxador de votos. Caso Marcelo Cruz e Samuel Costa consigam a proeza de eleger vereadores na capital por partidos de Esquerda, ambos sairão vitoriosos do pleito eleitoral de 2024, uma vez que desde 2012, os partidos de Esquerda não conseguem conquistar uma única cadeira na CMVPV.
Oneroso
Enquanto o governador Marcos Rocha (União), viaja o mundo inteiro com sua comitiva para divulgar o peixe “Tambaqui de Rondônia”, a Universidade Federal de Rondônia – UNIR, fechou o único curso de graduação de Engenharia de Pesca no Campus de Presidente Médici, aliás, era o único curso voltado para o manejo sustentável dos recursos pesqueiros e aquicultura de Rondônia. A Unir alegou existir falta de aluno e o curso ficou oneroso para instituição mantê-lo aberto.