Publicada em 09/03/2024 às 10h30
O assunto político predominante em Porto Velho, na área política são as eleições a prefeito, vices e vereadores de outubro próximo. As negociações para composições de federações são intensas e envolvem políticos com mandatos, outros sem e um deles nunca disputou eleições, mas esteve bem próximo na corrida eleitoral ao Senado de 2022.
Um grupo já estaria fechado com a pré-candidata, a ex-deputada federal Mariana Carvalho, que preside o Republicanos em Rondônia. Ela já foi vereadora em Porto Velho e concorreu a prefeita em 2012 ficando como terceira colocada não conseguindo chegar ao segundo turno pela diferença de pouco mais de 2.500 votos para Mauro Nazif, que se elegeu prefeito superando a Lindomar Garçom, que chegou à frente no primeiro turno.
Mariana teria o apoio do prefeito Hildon Chaves, que está no último ano do segundo mandato, e do governador Marcos Rocha (UB), no segundo ano, do segundo mandato. Ainda deverá fazer parte da federação o presidente da Assembleia Legislativa (Ale), Marcelo Cruz (SD), não como candidato, mas indicando o vice, pois não estaria disposto a concorrer, diretamente, nas eleições deste ano.
Não há dúvidas que é um grupo de enorme força eleitoral, pois todos já provaram que são bons de votos em eleições anteriores. Por enquanto Mariana é o nome a ser lançado nas convenções que serão realizadas de 20 de julho a 5 de agosto.
Outro grupo em estado de formatação é liderado pelo ex-senador Expedito Júnior, que preside o PSD em Rondônia. Potencial articulador, Júnior vem trabalhando com muita eficiência uma chapa forte e com chances, reais, de vitória na capital.
O grupo tem nomes, já testados, com considerável desempenho eleitoral, como a parceria, pelo que se comenta, com o PSB, do professor universitário Vinícius Miguel, que já concorreu a governador do Estado (2018), e a prefeito de Porto Velho, (2020).
No grupo estaria a ex-senadora Fátima Cleide, do PT, que obteve mais de 28 mil votos à Câmara Federal em 2022, quinta mais bem votada, mas não se elegeu em razão da legenda.
Caso a parceria seja efetivada, independente de quem esteja na “cabeça” tem condições de sucesso nas eleições deste ano.
O grupo, ainda, teria o ex-conselheiro do Tribunal de Contas (TC) de Rondônia, Benedito Alves, que estava no PDT, e esteve como pré-candidato ao Senado em 2022. O problema é que o presidente do PDT, ex-senador Acir Gurgacz, que estava inelegível tentou concorrer até um mês antes das eleições. Como não conseguiu, a vaga seria de Benedito, mas ele abriu mão, porque achou o tempo insuficiente para ter chances de se eleger.
Benedito nunca disputou eleições, mas tem muito trânsito nos meios políticos do Estado e carrega um fator muito importante no segmento: praticamente não tem rejeição.
Deputado federal mais bem votado no Estado, Fernando Máximo (UB) trabalha diuturnamente sua pré-candidatura à sucessão municipal na capital, mas caso permaneça no UB dificilmente terá sucesso, pois o seu colega de Câmara Federal e defensor “linha de frente” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Coronel Chrisóstomo, já disse, publicamente, que a vaga no PL é dele, na disputa pela prefeitura da capital. Mariana é muito próxima de Bolsonaro e as chances de o partido fechar com ela são enormes. Mas Chrisóstomo vem correndo por fora.
O ex-deputado federal Léo Moraes, que já passou pela Assembleia Legislativa e câmara de vereadores de Porto Velho, hoje no comando do Detran-RO, faz parte da lista de prováveis nomes a concorrer a prefeito de Porto Velho. É jovem, experiente e teria o apoio, bem cacifado, para garantir uma campanha sem dificuldades financeiras. E não estaria descartado o nome dessa pessoa para concorrer como vice.
É importante destacar, que se eleger no primeiro turno prefeito de |Porto Velho é uma missão hercúlea. Desde 2006, quando Carlinhos Camurça superou a Mauro Nazif, que as eleições na capital de Rondônia são decididas somente no segundo turno. E a de outubro próximo não deverá ser diferente, por isso os candidatos devem avaliar muito bem o que falam no primeiro turno, para poder compor parcerias fortes para o segundo turno, que é uma eleição completamente diferente do primeiro.