Publicada em 28/03/2024 às 15h26
Em comunicado, os serviços de segurança ucranianos (SBU) confirmaram a detenção de um homem que tentava se alistar como capelão no Exército ucraniano para transmitir informações militares a Moscou.
Segundo outro comunicado do SBU, um segundo homem foi detido, acusado de ter sido recrutado pela Rússia para obter informações sobre um hospital do Exército ucraniano e uma usina elétrica na região de Dnipropetrovsk (centro-leste).
No terreno, um ataque aéreo atingiu um edifício na localidade de Mykolaivka, na região oriental de Donetsk, resultando na morte de uma mulher, informou o Ministério do Interior ucraniano.
Na região de Kherson (sul), um motorista de táxi morreu quando seu veículo foi atingido por disparos. Dois passageiros que estavam no interior do veículo ficaram feridos e foram levados para um hospital local, anunciou o chefe da administração militar regional, Oleksandr Prokoudine.
Em Kherson, capital regional reconquistada por Kiev no outono de 2022 e desde então sujeita a bombardeios constantes, um homem também ficou ferido em um ataque russo, declarou a administração militar local.
Cinco outros civis foram feridos por disparos nas localidades de Mykhailivka e Berislav, segundo autoridades locais.
As forças russas também atingiram a localidade de Monatchynivka, na região de Kharkiv (nordeste), causando a morte de uma mulher que estava em um "veículo civil" perto de uma instituição médica e ferindo seu marido, informou a polícia regional.
Segundo esta fonte, outros dois civis foram feridos em um bombardeio na localidade de Vovtchansk, perto da fronteira russa.
Disparos russos também atingiram um bairro na cidade de Zaporijia (sul), deixando dois feridos, disse o responsável da administração militar regional.
Na noite de quarta-feira para hoje, disparos de artilharia também atingiram a região de Dnipropetrovsk, causando ferimentos em dois civis, segundo a administração regional.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, desencadeada em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscou de financiar o esforço de guerra.
As forças russas têm intensificado os bombardeios contra a Ucrânia, depois de as forças de Kiev terem lançado uma contraofensiva no verão passado, com pouco sucesso.
Desconhece-se o número de baixas civis e militares do conflito, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm alertado que será elevado.