Publicada em 01/04/2024 às 08h10
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o mundo ficou divido em dois blocos, capitalista sob a liderança dos EUA e Comunista – ditaduras do partido único, sob a liderança da extinta União Soviética, dando origem a Guerra Fria. Em seguida, a Revolução Cubana liderada por Fidel Castro, em 1959, implantou na pequena ilha de Cuba – localizada na América Central, o regime comunista. Com a crise dos mísseis de Cuba, em 1962 e visando conter o avanço da influência da URSS no continente americano, os EUA, por meio da CIA e do Pentágono, patrocinou uma série de golpes militares nos países da América Latina. A estratégia de contenção da ameaça comunista no continente americano derrubou governos e governantes reformistas - muitos não marxistas, como João Goulart – caudilhista e latifundiário. Goulart foi derrubado por um golpe militar ocorrido entre os dias 31 de março a 1.º de abril de 1964, pondo fim à Quarta República (1946–1964) e iniciando a ditadura militar brasileira (1964–1985), que ontem e hoje, completa 60 anos. Por sua vez, existem quatro fake news sobre a Ditadura Militar que precisam ser esclarecidos.
Fake News I
A fake news absurdo e deslavado é que só morreu vagabundos e comunistas na Ditadura Militar. Apesar da escalada do aumento de violência nos centros urbanos, a exemplo de São Paulo e Rio de Janeiro, os indivíduos que se posicionaram contra a ditadura foram torturadas, exilados, morreram ou desapareceram, a exemplo de jornalistas, professores, músicos, políticos, familiares de perseguidos e outros.
Fake News II
O povo brasileiro clamou por uma intervenção militar, pura mentira, o golpe foi planejado pelos EUA com apoio das elites brasileira, que pediu a intervenção militar para impedir a possível “ameaça comunista” que assombrava o país. Recorreram a uma série de acontecimentos forjados, a exemplo da marcha da família, para patrocinar o golpe de Estado.
Fake News III
O Brasil estava sob ameaça comunista com o Governo de João Goulart, pura mentira. Goulart defendia as Reformas de Base, ou seja, uma série de reformas estruturais para Educação, Saúde, Fiscal, Previdência, Trabalhista, Agrárias, entre outras, no intuito de promover o desenvolvimento do país. Tais reformas foram propagandeadas como medidas comunistas e serviram de pretexto para as elites conspirar e pedir a intervenção militar.
Fake news IV
Outras fake news gritante é que não houve corrupção, inflação e endividamento externo do país durante a Ditadura Militar. O país foi endividado pelos militares com tomadas de empréstimos dos petrodólares disponíveis no mercado financeiro e ao Fundo Monetário Internacional – FMI. Houve, sim, desvio de verbas (Dnocs); obras superfaturadas (Ponte Rio-Niterói e a Usina de Itaipu); tráfico de influência (nomeação em cargos públicos de parentes sem concurso público); inflação (carestia dos alimentos, aumento semanal dos preços dos combustíveis e adoção do gatilho salarial), basta dar um Google.
Moderador
O papel das nossas Forças Armadas é de defender nossa soberania nacional e garantir a segurança das nossas fronteiras, não de poder moderador. No Estado-democrático de direito, o poder moderador é a alternância do poder por meio do voto, de eleições periódicas e o respeito ao resultado eleitoral nas urnas.
Decisiva
A semana será decisiva para os pré-candidatos a vereadores e prefeitos em todo o estado de Rondônia, em especial, Porto Velho. Os 21 vereadores da capital que buscam a reeleição, inclusive, a melhor nominata para manter a sua cadeira na CMPV, estão esvaziando os estoques de antidistônicos nas farmácias.
Avalanche
Já os possíveis adversários da pré-candidata Mariana Carvalho, que tentam se articular para disputar a sucessão do prefeito Hildon Chaves (PSDB), é como se estivem preso a neve. Neste caso, observo que a articulação da formação do arco de aliança dos partidos de espectro ideológico conservador em torno da pré-candidatura da ex-deputada federal Mariana Carvalho (Republicanos) ao Prédio do Relógio, é resultado de um efeito avalanche, ou seja, uma articulação de cima para baixo, congelando os possíveis adversários.
Sucessão
Por mais que os partidos apresentem sinais para lançar candidaturas próprias a sucessão do prefeito Hildon Chaves (PSDB), ficam congelados devido à orientação dos Diretórios Nacionais de apoiar a pré-candidata Mariana Carvalho (Republicanos) a prefeitura de Porto Velho.
Arco
Os partidos: União Brasil do Governador Marcos Rocha; PP de Ivo Cassol; Avante de Jair Montes; Podemos de Léo Moares; PL de Marcos Rogério; PRD de Nilton Capixaba; PSD de Expedito Júnior; PDT de Acir Gurgacz e o PSDB/Cidadania do prefeito Hildon Chaves, já estão no arco de aliança da pré-candidata Mariana Carvalho a prefeitura de Porto Velho.
Atribui
A classe política estadual e local, atribui o feito da construção do amplo arco de aliança em torno da pré-candidatura de Mariana Carvalho a prefeitura de Porto Velho ao seu irmão, o deputado federal Maurício Carvalho (União Brasil).
Nanicos I
Já a frente de partidos nanicos formada pelo PRTB, DC, Agir e Solidariedade, que estão sob a tutela do deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Cruz, tenta formar nominatas de vereadores a todo custo no sentido de eleger 08 vereadores na CMPV.
Nanicos II
O deputado estadual Marcelo Cruz cria cenários de dúvidas e incertezas em relação ao seu posicionamento à sucessão do prefeito Hildon Chaves (PSDB). Caso de última hora, Marcelo resolva disputar o Prédio do Relógio pela frente de partidos nanicos, seria uma campanha de “Davi contra Golias”.
Conservador
No espectro político conservador, o pré-candidato a prefeito Ricardo Frota do Novo, continua trabalhando para fortalecer a nominata de vereadores do partido liberal na capital visando conquistar uma cadeira na CMPV.
Feito
O advogado Samuel Costa e ativista político de esquerda, apresentou a nominata de vereadores da Federação PSOL/Rede. O feito de Samuel pode fazer com que, depois de 12 anos, um partido de esquerda volte a conquistar uma cadeira na CMPV.
Esquerda
Dirigentes do PSB, MDB e da Federação PT/PCdoB/PV, estiveram reunidos na quinta-feira (28) para tentar unir as forças de Esquerda da capital em torno da pré-candidatura do Professor Vinicius Miguel (PSB) a prefeitura de Porto Velho.
Polarizada
O deputado federal Fernando Máximo (União Brasil) e o deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL), como estão congelados de cima para baixo na disputa pela prefeitura de Porto Velho, essa deverá ficar polarizada entre Vinicius (PSB) e Mariana (Republicanos).