Publicada em 11/04/2024 às 08h35
A Justiça argentina determinou, na noite dessa terça-feira (9/4), o bloqueio de bens e a quebra do sigilo bancário do ex-presidente Alberto Fernández, acusado de desviar verba através da contratação irregular de seguros para entidades estatais. As informações são do jornal Clarín.
Além de Fernández, o seu amigo e corretor de seguros Héctor Martínez Sosa e Alberto Pagliano, ex-diretor da Nación Seguros, também foram alvos da ação.
Desde dezembro de 2021, durante o governo peronista, todo o setor público deveria, obrigatoriamente, contratar apólices de seguros através da empresa Nación Seguros S.A, que poderia inclusive fazer subcontratações.
“Existe suspeita de que este vínculo possa ter determinado seu papel preponderante na intermediação de seguros entre as entidades estatais e Nación Seguros S.A [a empresa seguradora]”, diz a decisão judicial.
Fernández nega acusações
No mês passado, em entrevista à rádio La Red, Alberto Fernández negou ter cometido qualquer crime.
“Faço da honestidade um culto. Sou um homem público. E falo porque quero explicar o que aconteceu para as pessoas. Não roubei nada, não participei de nenhum negócio nem autorizei nenhum negócio. E isso não é um acordo. Eles estão afetando muitas pessoas boas”, afirmou Fernández
O suposto crime teria começado em 2021, quando Osvaldo Giordano, ex-chefe da Administração Nacional de Seguridade Social (Anses), assumiu o posto e pediu uma investigação sobre um contrato da Nación Seguros para garantir empréstimos de aposentados.