Publicada em 09/04/2024 às 10h23
Porto Velho, RO – O nome político da vez nos bastidores é Júnior Gonçalves. Passada a novela Fernando Máximo, o secretário-chefe da Casa Civil, presidente regional do União Brasil, pode respirar aliviado por conseguir imprimir na realidade acordos feitos em 2022 entre o Palácio Rio Madeira e o Prédio do Relógio.
Agora na sigla, Mariana Carvalho, ex-Republicanos e ex-PSDB, é a futura candidata a ser batida, vez que superada a tão temida janela partidária.
O último possível “nó a ser desatado” e que, eventualmente, poderia estragar os planos políticos do União Brasil na capital rondoniense, chama-se Léo Moraes, atual diretor-geral no Departamento Estadual de Trânsito (Detran/RO) no segundo mandato de Coronel Marcos Rocha.
Moraes é expoente-mor do Podemos local. É, para além de toda seu histórico, um postulante, que, ao adentrar nos pleitos, não carrega pouca bagagem em termos de expressão popular, vide 2016, quando ombreou com Hildon Chaves (PSDB) na corrida pelo Poder; e 2018, quando alçado ao cargo de deputado federal com 69.565 votos, restando em primeiro lugar entre os oito eleitos à época.
Em suma, por detrás das cortinas e fora dos holofotes ainda há trabalho a ser desenvolvido, muito provavelmente já em fase de andamento em decorrência de articulações – republicanas, diga-se de passagem –, fomentadas por Júnior Gonçalves.
Alinhados, turma do Palácio Rio Madeira, grupo do Prédio do Relógio, e irmãos Carvalho, leia-se Maurício, deputado federal, e Mariana, afora questões há pouco mencionadas, terão poucos entraves para preservas as rédeas administrativas nos flancos municipais hoje ainda orquestradas por Hildon Chaves.
Lado outro, política é arte do dito pelo não dito; do dia sim, dia não; do hoje é seu, amanhã meu; do 0 e 1; do escreveu não leu, o pau comeu; da verdade e da mentira; do acordo e da trapaça; da lealdade e da traição; do coleguismo e da puxada de tapete.
Se hoje está tudo lindo, alinhado e preservado, amanhã pode ser como quando Marcos Rogério “passou a perna” no seu correligionário Jaime Bagattoli, tomando, pelas costas, o mando da legenda em Rondônia tramando o intendo com Valdemar Costa Neto e deixando o pecuarista “chupando o dedo” e admitindo a fraqueza política.
O mesmo vale sobre a situação em que o ex-governador Ivo Cassol, que havia anunciado publicamente a desistência da política, ignorando os laços de sangue e fraternidade, deu uma “rasteira” tanto na irmã, Jaqueline, ex-deputada, quanto no cunhado, Luiz Paulo da Silva Batista, secretário de Estado da Agricultura (Seagri/RO), pegando o Progressistas, ex-PP, para si no estado.
Então, a despeito do trabalho abdicado feito pelos artesões dos bastidores, como Gonçalves, por exemplo, uma eleição de fato só é definida após deliberação social. Mariana tem tudo para ganhar, se for candidata, mas não ganhou ainda. Há um longo caminho a ser trilhado até uma eventual condução à cadeira principal na Prefeitura de Porto Velho, e o caminho, como dito, é cheio de espinhos, adversidades, problemas inesperados e adversários subestimados.