Publicada em 13/04/2024 às 11h11
Mesmo faltando menos de três meses para as convenções partidárias (20 de julho a 5 de agosto), para escolha dos candidatos a prefeito, vice e vereador) de Porto Velho, já é possível notar mobilização entre as lideranças na busca de consolidar nomes em condições de entrar na disputa eleitoral de outubro próximo. Alguns políticos já assumiram a condição de pré-candidatos, outros estão no aguardo das negociações, mas também não dizem se estarão fora das eleições municipais deste ano.
O grupo liderado pelo governador Marcos Rocha (UB) e o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB) estaria fechado com a ex-deputada federal Mariana Carvalho, que deixou a presidência regional do Republicanos recentemente, para se filiar ao União Brasil, presidido no Estado pelo chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves, especialista em articulações políticas.
Mariana já foi vereadora em Porto Velho, antes de eleger deputada federal. Foi derrotada nas eleições a prefeita em 2012. Ficou na sexta colocação com 17,88% dos votos válidos. Nas eleições ao Senado em 2022 foi derrotada pelo empresário da região do Cone Sul, Jaime Bagattoli (PL) e agora está na lista de pré-candidatos à prefeitura da capital.
O MDB também já tem nome para a pré-candidatura à sucessão municipal com a ex-juíza e ex-presidente da Associação dos Magistrados de Rondônia, Euma Tourinho, de família tradicional em Rondônia. Nunca participou do processo político-partidário diretamente, e, até com certa surpresa foi apresentada como pré-candidata daquele, que já foi o maior partido do País. Presidente regional do Podemos, ex-vereador, ex-deputado estadual, ex-deputado federal e diretor-geral do Detran-RO, Léo Moraes está sempre compondo a lista de pré-candidatos a prefeito de Porto Velho. Já foi candidato a prefeito, mas não conseguiu se eleger, mas sempre obteve mais votos que Mariana a vereador, Câmara Federal a prefeito de Porto Velho. É jovem e certamente deverá estar na relação de nomes de prefeituráveis, após as convenções partidárias.
O advogado e professor universitário, Vinícius Miguel, que preside o PSB no Estado nunca teve mandato eletivo partidário, mas é nome expressivo na política regional. Apesar de não se eleger, foi o nome mais comentado nas eleições a governador de 2018, foi o mais bem votado em 2018 em Porto Velho, mas não se elegeu. Tentou a prefeitura em 2020, mas ficou na terceira colocação). É sempre citado nas pesquisas e nos bastidores da política como nome forte para disputar a Prefeitura de Porto Velho este ano.
O presidente da Assembleia Legislativa (Ale), Marcelo Cruz (PRTB-PVH), há dias utilizou as redes sociais para comunicar que é pré-candidato a prefeito de Porto Velho, onde já foi vereador em dois mandatos seguidos e renunciou no meio do segundo, porque se elegeu ao parlamento estadual e está no segundo mandato consecutivo. É um articulador em potencial, já tem uma nominata de pré-candidatos à Câmara Municipal e trabalha para eleger no mínimo cinco vereadores nas eleições deste ano.
Dentre os políticos que já colocaram seu nome à disposição dos partidos temos o advogado Samuel Costa, que recentemente se filiou ao Rede e colocou seu nome à disposição do partido como pré-candidato a prefeito. Já disputou a vereança em Porto Velho e, mesmo sendo bem votado mais de 700 votos), na época, não se elegeu devido a legenda.
Ainda não se manifestaram, publicamente como pré-candidatos nomes expressivos da política regional. A ex-senadora Fátima Cleide (PT), por exemplo, com domicílio eleitoral na capital tem muitas chances de disputar o segundo turno. Porto Velho é único município do Estado com eleitorado acima de 300 mil eleitores, que possibilita os dois turnos.
Também se comenta que o PSB, de Vinícius Miguel estaria “costurando” uma aliança (federação) com o PT e outros partidos de centro esquerda, mas nada definitivo. Caso a parceria se consolide, não se sabe quem estará na cabeça da chapa.
Como estamos a menos de seis meses das eleições municipais, mudanças ocorrerão no quadro apresentado, mas certamente, não muito diferente do que está postado. Inclusive poderá ocorrer surpresa, como em 2016, quando Hildon Chaves, que se reelegeu em 2020, foi eleito prefeito. Duas semanas antes das eleições, as pesquisas apresentavam ele com menos de dois dígitos, mas foi para o segundo turno e superou a Léo Moraes, na época no PTB com mais de 65% dos votos válidos.