Publicada em 12/04/2024 às 10h19
Em recente audiência da Comissão de Comunicação e Direito Digital (CCDD) do Senado, o senador Marcos Rogério, do PL/RO, enfatizou a necessidade de uma investigação meticulosa sobre as acusações levantadas pelo bilionário sul-africano Elon Musk, que apontam para uma suposta censura judicial no Brasil sobre a plataforma X, anteriormente conhecida como Twitter. Essas denúncias foram trazidas à tona através da reportagem "Twitter Files Brazil", realizada pelos jornalistas David Ágape e Michael Shellenberger.
Durante a sessão, o senador destacou a gravidade das acusações e a importância de discernir entre fatos concretos e possíveis narrativas construídas para influenciar a opinião pública. "As acusações feitas por Elon Musk e o que vocês apresentaram aqui hoje são graves, mas eu vou repetir aqui o que já disse antes. Até o momento são narrativas graves, mas que precisam passar pelo processo de apuração", afirmou Rogério.
O senador argumentou que apenas uma apuração rigorosa poderia confirmar a veracidade das alegações, enfatizando que é fundamental apresentar evidências e provas concretas para estabelecer a realidade dos fatos.
VEJA O QUE DISSE O SENADOR:
SOBRE A AUDIÊNCIA NO SENADO
A Comissão de Comunicação e Direito Digital (CCDD) do Senado ouviu, nesta quinta-feira (11), dois dos jornalistas responsáveis pela reportagem Twitter Files Brazil (Arquivos do Twitter do Brasil, em tradução livre). O texto foi usado pelo empresário Elon Musk, dono da plataforma X, antigo Twitter, para acusar o Judiciário brasileiro de censura na rede social que ele controla.
Foram ouvidos os jornalistas David Ágape, que é brasileiro, e o estadunidense Michael Shellenberg. A reportagem é baseada em e-mails da equipe jurídica do antigo Twitter, nos quais advogados da empresa reclamam de uma suposta interferência do Judiciário, em especial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nos conteúdos da rede social.
Shellenberg disse que é um ativista pela liberdade de expressão e que luta contra a desinformação. “Para mim, é um prazer combater a desinformação”, afirmou o jornalista, que ficou conhecido também por escrever um livro que nega as mudanças climáticas.
A reportagem, apelidada de Twitter Files, associa as supostas interferências do TSE à ação do ministro Alexandre de Moraes. Porém, os e-mails divulgados são de 2020 a março de 2022, e Moraes assumiu a presidência do TSE apenas em 16 de agosto de 2022.
Com informações da Agência Brasil