Publicada em 25/04/2024 às 08h40
Repercutiu a Coluna de segunda (21) entre os leitores e recebi várias mensagens das linhas de transmissão do WhatsApp com a seguinte pergunta: Por que Collor caiu? Collor caiu porque a maioria de seus auxiliares eram nucleares, autossabotadores, bajuladores e desagregadores. Não conseguiam atrair aliados e estabelecer relações sólidas visando construir um grupo político agregador para se manter no poder. Collor e seus assessores também desconsiderava o desgaste que sofreu com o confisco das poupanças e as medidas para acabar com a especulação do capital rentista no país. Além disso, Collor iniciou as privatizações das telefônicas estatais, tal iniciativa contrariou as elites que especulavam com ações e vendas de linhas telefônicas. Collor também enfrentou as multinacionais automobilísticas, abrindo o mercado brasileiro para novas indústrias de automóveis. Caso ele não tivesse feito o que fez, ainda estaríamos na fila esperando por uma linha telefônica e dirigindo fusca, chevette, Fiat 147 ou corcel, éramos o lixo das grandes indústrias automobilísticas instaladas no país. Collor, quando presidente da República, enfrentou a Rede Globo criando as escolas de tempo integral por nome Centros de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente (CAICs). Tal iniciativa do seu Governo foi copiado dos CIEPs criado no Governo de Leonel Brizola (PDT) no Rio de Janeiro. Ambas escolas tinham como principal proposta o ensino de tempo integral e o processo de ensino-aprendizagem para despertar a consciência crítica e libertar o povo da alienação.
Precisa
O antropólogo, historiador, sociólogo, escritor e político brasileiro, Darcy Ribeiro (PDT), quando em vida, dizia: “O Ciep é a escola que o Brasil precisa por oferecer ensino público de qualidade em período integral aos alunos da rede estadual e se os governantes não construírem escolas, em 20 anos faltará dinheiro para construir presídios”. A Reflexão agora é com você leitor!
Oferta
Dados do Painel de Monitoramento do PNE (Plano Nacional de Educação), revela que apenas 27% das escolas públicas brasileiras oferecem a modalidade de ensino em tempo integral. O plano do MEC é alcançar, até 2026, um total de 50% de escola com oferta de ensino integral em todo o país.
Facultativo
A adesão ao Programa Escola em Tempo Integral do MEC é facultativa e será possível tanto para os sistemas de educação no âmbito municipal quanto estadual em todo o território nacional. O investimento previsto é de cerca de R$ 2 bilhões até 2024.
Propostas
O eleitor rondoniense deve ficar atento as propostas de cada candidato a prefeito para escola de tempo integral. Outro tema importante é como o futuro prefeito organizará a educação municipal para evitar que os pais façam filas, durmam ou chegue de madrugada na frente da escola visando assegurar a vaga do filho.
Qualidade
Algo está errado, Porto Velho, que era conhecida como o “eldorado das oportunidades”, agora perde cada vez mais jovens para o crime porque a escola pública de qualidade ainda não chegou na periferia. Não falo da escola física construída e funcionando, me refiro à escola com qualidade no processo de ensino-aprendizagem.
Preferência
Falando em periferia, dois pré-candidatos ao Prédio do Relógio crescem na preferência do eleitor da periferia para suceder o prefeito Hildon Chaves (PSDB). Neste caso, eleitores dos bairros de classe média e das franjas urbanas da capital estão se identificando com as pré-candidaturas do deputado estadual Marcelo Cruz (PRTB) e do advogado Samuel Costa (Federação Rede/Psol).
Crescimento
O deputado estadual Marcelo Cruz (PRTB) nascido e criado no bairro de classe média Agenor de Carvalho e o advogado Samuel Costa (Rede/Psol) oriundo da periferia – bairro Nacional, tiveram um crescimento exponencial na preferência do leitor segundo pesquisas divulgadas com registro no TRE/RO e de consumo interno dos partidos.
Identificação
O crescimento de Marcelo Cruz (PRTB) e do advogado Samuel Costa (Rede/Psol) é devido à identificação de carisma de ambos com quem mora nos bairros de classe média e na periferia. Já os demais candidatos ao Prédio do Relógio estão sendo visto pelo eleitor como pré-candidatos de famílias tradicionais e oligárquicas, ou seja, distantes daqueles que vivem nos bairros de classe média e na periferia.
Cresce I
O pré-candidato a prefeito, deputado estadual Marcelo Cruz (PRTB) da frente de partidos nanicos, não conta com estrutura partidária, recursos do Fundo Partidário e do Fundo Eleitoral, sem tempo de rádio e televisão, mas cresce por conta da força das igrejas evangélicas nos bairros de classe média e na periferia. Neste caso, Marcelo Cruz representará o eleitor do segmento evangélico.
Cresce II
Já o pré-candidato Samuel Costa (Psol/Rede) enfrenta também problemas de estrutura partidária e de financiamento de campanha, mas o seu nome cresce junto ao eleitorado das forças progressistas da capital por não esconder a sua preferência pelo presidente Lula (PT). Além disso, o crescimento de Samuel pode ser atribuído ao servidor público insatisfeito com o Governo Marcos Rocha (União Brasil) e o prefeito Hildon Chaves (PSDB).
Relação
A relação de vida com bairros de classe média e da periferia deve ser um ponto em comum a ser explorado pelos pré-candidatos a prefeito Marcelo Cruz (PRTB) e Samuel Costa (Psol/Rede). Mas fica a pergunta: em que lugares de Porto Velho está realmente o eleitorado mais fiel deles: no centro ou na periferia?
Distribuição
Para obter a resposta, faz necessário um estudo mais aprofundado da distribuição geográfica do voto em Porto Velho. Considerado a segmentação e a representatividade das forças de Centro, Direita, Esquerda e Extrema-direita, além do voto de protesto as forças situacionistas.
DNIT
Os deputados estaduais Alan Queiroz, Luizinho Goebel e Dr.ᵃ Taissa Sousa, da bancada estadual do Podemos, juntamente com senador Jaime Bagatolli (PL) e o deputado federal Lúcio Mosquini (MDB), estiveram reunidos ontem (25) na sede do DNIT em Brasília para tratar das seguintes pautas: início das obras da Ponte Binacional Brasil-Bolívia; Federalização das RO 460, RO 420 e da Expresso Porto; pavimentação asfáltica da BR 170.
Previsão
Os estudos técnicos do DNIT para federalização das rodovias estaduais estão adiantados, bem como da pavimentação asfáltica da BR 170 que liga Vilhena (RO) a Juína (MT). Já a ordem de serviço para o início das obras da Ponte Binacional Brasil-Bolívia, a previsão é de que as obras comecem com a inauguração das pontes sobre os rios Araras e Ribeirão com a presença do presidente Lula (PT).
Federalização
O deputado estadual Alan Queiroz (Podemos) comemorou o progresso dos estudos técnicos da federalização das rodovias estaduais RO 460, RO 420 e da Expresso Porto, que beneficia diretamente os municípios de Buritis, Nova Mamoré e Porto Velho, respectivamente.
Pautas
O deputado Alan Queiroz também comemorou a conclusão das obras das pontes sobre o rio Araras e Ribeirão, ambas localizadas no município de Nova Mamoré, bem como os recursos garantidos para iniciar a construção da Ponte Binacional Brasil-Bolívia em Guajará-Mirim. Pautas que Alan tem defendido junto a Bancada Federal desde o início do seu segundo mandato como deputado estadual.
Sempre cirúrgico nas suas análises.