Publicada em 12/04/2024 às 14h53
Em evento relativo ao agronegócio em Campo Grande (MS), com a presença do presidente da República, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse que Lula (PT) determinou à equipe econômica que o salário mínimo siga valorizado, acima da inflação, e que a picanha fique mais barata para o consumidor brasileiro.
Lula retoma discurso eleitoral sobre picanha mais barata: “Voltar a comprar mais”
“A determinação do presidente Lula é: ‘Eu quero o trabalhador com carteira de trabalho assinada, mas eu quero o trabalhador ganhando bem, tendo renda’. É isso que ele determinou, que o salário mínimo sempre venha com aumento acima da inflação”, disse Tebet em discurso proferido antes do presidente.
Em seguida, afirmou que outro pedido que ela e os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Esther Dweck (Gestão) e Rui Costa (Casa Civil) seguram “de todo jeito” é o controle da inflação.
“Com a inflação controlada como está, não só os preços dos alimentos caíram – temporariamente o feijão e o arroz subiram, mas vão cair –, mas eu quero dizer para vocês que nós estamos determinados a cumprir a determinação do presidente Lula. Carne, carne vermelha na mesa de todos os brasileiros. Picanha mais barata, presidente? Essa é a determinação de vossa excelência, essa é a nossa missão”, completou Tebet.
O governo vai apresentar o salário mínimo válido para o ano que vem na próxima segunda-feira (15/4), quando enviará o Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025 ao Congresso Nacional.
Ato em Mato Grosso do Sul
As declarações foram dadas durante ato para comemorar a habilitação de 38 frigoríficos, que armazenarão carnes a serem exportadas para a China. Essa é primeira visita do chefe do Executivo a Mato Grosso do Sul neste terceiro mandato.
Além de Tebet, Lula está acompanhado pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro.
O evento ocorreu em uma fábrica da JBS, grande empresa do setor e administrada pelos irmãos Batista. A JBS foi um dos alvos da Operação Lava Jato, após o então presidente da empresa, Joesley Batista, aparecer em uma gravação com Michel Temer (MDB), na qual falavam sobre pagamentos. Joesley chegou a ficar preso em 2018.
Outros assuntos abordados por Tebet
Tebet ainda citou números “que o presidente adora”, sobre os 13 milhões de brasileiros que saíram do Mapa da Fome e a inserção de 2 milhões de pessoas no mercado de trabalho de 2023 para cá.
Por fim, a ministra explicou os planos para a nova rota de integração do país, que busca estabelecer saídas para a exportação de produtos brasileiros pelo Oceano Pacífico.
“Todos esses produtos não precisam mais ir ao Porto do Sul ou ao Porto de Santos, eles poderão chegar a uma distância menor de até (dependendo de onde estiverem) 10 mil quilômetros para chegar à China. Estamos falando em diminuir a rota em até 21 dias”, explicou ela.