Publicada em 25/04/2024 às 08h54
Centenas de estudantes universitários foram presos nos Estados Unidos durante protestos pró-Palestina entre a quarta (24/4) e esta quinta-feira (25/4). E eles prometem que mais manifestações com críticas a Israel continuarão acontecendo no país.
Na Universidade do Sul da Califórnia, a polícia prendeu 93 pessoas, depois de tentar dispersar os manifestantes. A instituição afirmou que os protestos se transformaram em vandalismo e confrontos.
Já no Emerson College, mais 108 pessoas acabaram detidas. A polícia de Boston disse que nenhum manifestante ficou ferido e os presos serão processados no Tribunal Municipal de Boston. Quatro policiais sofreram ferimentos.
Alunos das universidades de Georgetown, Penn State e Syracuse devem realizar comícios ou protestos às 10h30 horário do leste dos EUA (11h30, horário de Brasília). Outros estão planejados ao longo do dia em Fordham, Purdue, Indiana, Brown e Stanford, entre outras instituições.
Os protestos pró-Palestina começaram na Universidade de Columbia, em Nova York, em 17 de abril. Desde então, tem se espalhado por todo o país e até fora: há um acampamento na Universidade de Alberta, em Edmonton, Canadá.
Netanyahu critica protestos de universitários
Por outro lado, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, apelou aos judeus e não-judeus para se oporem aos protestos. E comparou as manifestações dos estudantes ao anti-semitismo visto na Alemanha nazista na década de 1930.
“O que está acontecendo nos campi da América é horrível. Multidões anti-semitas tomaram conta das principais universidades. Eles pedem a aniquilação de Israel, atacam estudantes judeus, atacam faculdades judaicas”, afirmou o político no X.
E lembrou dos nazistas: “Isto é uma reminiscência do que aconteceu nas universidades alemãs na década de 1930. É inescrupuloso – tem de ser interrompido, tem de ser condenado e condenado inequivocamente”, continuou.
Netanyahu enfrenta uma crise política, além da guerra contra o grupo extremista Hamas. Os próprios EUA têm criticado as ações militares de Israel na Faixa de Gaza, onde autoridades locais dizem que mais de 34 mil pessoas morreram.