Publicada em 10/05/2024 às 15h40
A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou nesta sexta-feira (10) uma resolução que abre caminho para que a Palestina se torne membro das Nações Unidas e concede "novos direitos e privilégios” aos palestinos.
O texto pede que o Conselho de Segurança da ONU aprove que a Palestina se torne o 194º membro das Nações Unidas.
A resolução foi aprovada por 143 votos a favor, nove contra e 25 abstenções. O Brasil votou a favor da resolução. Argentina, Israel, Estados Unidos, República Tcheca, Hungria, Micronésia, Nauru, Palau, Papua-Nova Guiné deram votos contrários à medida.
Caso o Conselho de Segurança concorde com o pedido, a Palestina entraria na ONU como um "Estado observador", sem direito a voto.
Ainda assim, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, disse que a medida é um grande passo para o reconhecimento da Palestina como um membro pleno da ONU.
Já Israel criticou a aprovação, que chamou de um "prêmio para o Hamas".
Discordante da aprovação da resolução, o embaixador de Israel nas Nações Unidas, Gilad Erdan, triturou uma versão de bolso da Carta da ONU no púlpito da assembleia.
Embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, triturou uma versão de bolso da Carta da ONU no púlpito da Assembleia Geral em 10 de maio de 2024. — Foto: Reprodução/redes sociais
Em abril, os EUA, um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e, portanto, com poder de veto, barraram uma resolução que previa a aprovação da adesão plena da Palestina às Nações Unidas.
Nesta sexta, ao explicar o voto contrário dos Estados Unidos, o embaixador dos EUA na ONU, Robert Wood, disse que os EUA seguem favoráveis à criação de um estado palestino -- algo que o presidente do país, Joe Biden, tem defendido constantemente.