Publicada em 31/05/2024 às 11h39
Na última quinta-feira (30), militares norte-americanos disseram à agência de notícias Reuters que os EUA haviam dado sinal verde para que Kiev atacasse a Rússia com armas norte-americanas. Antony Blinken confirmou a informação.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, confirmou nesta sexta-feira (31) que o presidente dos EUA, Joe Biden, autorizou a Ucrânia a usar armas fornecidas pelo governo norte-americano em ataques dentro da Rússia.
Na quinta-feira, militares do alto escalão afirmou à agência de notícias Reuters, em condição de anonimato, que os EUA haviam dado o aval para esse uso. Em encontro de ministros da Otan em Praga, na República Tcheca, Bliken confirmou a notícia.
Ele disse que Biden deu o sinal verde após Kiev pedir autorização de Washington para atacar um alvo dentro da Rússia próximo à fronteira com Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia e onde tropas de Moscou fazem uma forte ofensiva nas últimas semanas.
Segundo Washington, o ataque ucraniano com armas norte-americanas seria uma tentativa de conter essa ofensiva em Kharkiv.
"Ao longo das últimas semanas, a Ucrânia pediu autorização para usar as armas que estamos fornecendo para se defender contra esta agressão, incluindo contra as forças russas que se concentram no lado russo da fronteira e depois atacam a Ucrânia, disse Blinken.
Blinken não informou se o ataque ucraniano já foi feito. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também não confirmou se essas armas já foram usadas em ataques ao país vizinho, mas disse nesta sexta que isso será "questão de tempo".
"Eu acho que usar qualquer arma, qualquer uma do Ocidente, no território da Rússia, é uma questão de tempo", declarou.
Já o governo russo, também nesta sexta-feira, disse que já houve tentativa, por parte da Ucrânia, de atacar tropas dentro do território da Rússia, mas não confirmou se o ataque já foi feito.
“O que sabemos é que já existem tentativas de atacar o território russo com armas produzidas pelos Estados Unidos. Isto é suficiente para nós e diz muito sobre o grau em que os Estados Unidos estão envolvidos no conflito", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov,.
Antony Blinken afirmou que a autorização não significa que os EUA estejam entrando diretamente na guerra. "É uma defesa da Ucrânia. Autodefesa não é escalada".